No episódio, apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir um prédio da PF e acabaram incendiando carros e ônibus
A TV Globo apurou que o suspeito é Atilla Mello, que se apresenta como pastor e “patrióta” [sic]. Ele foi preso nesta quarta-feira (28) em São Gonçalo. A reportagem também descobriu que Atilla estava em Brasília no dia 12 e, antes, passou dias no acampamento golpista em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro do Rio.
A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com a Polícia Federal, “o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”.
Os crimes investigados são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
Nesta quinta-feira (29), a PF saiu para cumprir 32 mandados pela Operação Nero nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Um dos endereços, ligado a Atilla, é em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Resgate de preso frustrado
A operação ganhou o nome de Nero, em referência ao imperador romano do primeiro século que ateou fogo em Roma.
Segundo a PF, as investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da PF. À ocasião, bolsonaristas tentaram resgatar José Acácio Serere Xavante, indígena preso pela instituição no dia 12 de dezembro. Sem sucesso, iniciaram ataques de vandalismo na capital.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 8 veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados pelo grupo. Eles também quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos públicos e a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
A PF afirma que a investigação teve início na corporação, em conjunto com a Polícia Civil do DF, que apurou os ataques de vandalismo na capital. Por declínio de competência, os inquéritos foram enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Com informações do G1