quinta-feira, 10 julho 2025

Planalto prevê novo socorro para cobrir rombo a setor elétrico

A bandeira de escassez hídrica foi criada justamente para cobrir a estratégia de enfrentamento da seca sobre os reservatórios das hidrelétricas 

(Foto: Divulgação)

Diante da explosão nos custos de combustíveis para térmicas, o MME (Ministério de Minas e Energia) avalia um novo empréstimo para as distribuidoras de eletricidade do país, nos moldes da Conta Covid, que levantou R$ 14,8 bilhões em 2020 para reduzir os danos financeiros provocados pela pandemia.

A avaliação de que o setor precisará de dinheiro extra para cobrir o rombo provocado pelas térmicas contraria declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o setor já poderia abrir mão da bandeira de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.

Com a elevação dos preços do gás natural e dos derivados de petróleo, o custo de operação do parque térmico brasileiro vem subindo além do esperado quando a bandeira foi implantada, em setembro, o que levou as distribuidoras a buscar soluções junto ao governo. A bandeira de escassez hídrica foi criada justamente para cobrir a estratégia de enfrentamento da seca sobre os reservatórios das hidrelétricas, mas ainda assim o déficit da conta bandeiras já soma R$ 8 bilhões, diz a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O tema foi tratado em reunião nesta quinta-feira (21) entre MME, Aneel e distribuidoras, que já estava marcada antes de Bolsonaro dizer que iria determinar ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que retomasse a bandeira vermelha patamar 2, de R$ 9,49.

Em nota após o encontro, o MME disse que “tem monitorado o aumento dos custos de geração de energia, em razão das medidas excepcionais adotadas para enfrentamento da situação de escassez hídrica, bem como seu reflexo na cadeia produtiva”. 

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