sexta-feira, 22 novembro 2024

PM mata PM no Rio de Janeiro

Desavença entre os dois policiais motivou o crime  

Foi preso em flagrante um policial militar após atirar e matar outro PM em um bar em um condomínio no bairro Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro.

O cabo Jonas Barretos Santos, autor do disparo, foi preso. O crime aconteceu na noite desta terça-feira (15).

Uma câmera de segurança registrou o momento do disparo. O PM que atingiu o colega passou a noite na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e foi levado nesta quarta-feira (16) para o Batalhão Especial Prisional da PM, em Niterói, na Região Metropolitana.

De acordo com testemunhas, Jonas chegou ao bar onde estava o sargento Sandro Rocha com a mulher, o filho de três anos e uma vizinha, quando o cabo sacou a arma e deu um tiro no peito do sargento que morreu na hora.

O PM morto trabalhava no 41º Batalhão (Irajá). O cabo Jonas trabalhava no Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) e não mora no condomínio, segundo os moradores. Ele vivia em uma outra residência na região. 

 Testemunhas

Segundo a mulher da vítima, os dois chegaram a ter um desentendimento.

“Há três anos, no condomínio que eu morava, meu filho era pequeno, de colo, tinha uns três ou quatro meses, o cachorro da Rafaela, que se diz mulher dele, desse assassino, avançou em mim. O meu marido botou o pé, para o cão não me pegar e nem o meu filho, e ela começou a agredi-lo verbalmente, o xingando de tudo que é nome. E ele falou que estava falando com ela com respeito, e que ela fizesse o mesmo. E ela falou que não ia falar, pois estava acostumada a falar assim com o marido dela. E ele falou: ‘mas o seu marido é obrigado a te aturar e eu não'”, afirmou Juliana Mariano, esposa do policial morto.

De acordo com a mulher do PM, a discussão continuou e envolveu os dois agentes.

“E ela continuou, ele a xingou também. Eles bateram boca, o filho deles chamou o pai, que veio e houve uma discussão entre homens. Mas não teve tiro, não teve faca, não teve agressão física”.

Os dois casais voltaram a se encontrar na noite de quarta.

“Ele tomou essa atitude após ela me ver na quadra, e ficar olhando de cara feia para a minha mesa. Nisso aí foi para o salão de festa, e quando esse infeliz chegou, ele acabou com a vida do meu marido dessa forma cruel”, disse Juliana.

Outra testemunha, que ajudou a cuidar do filho do casal depois do crime, contou que viu o que aconteceu no bar.

“Eu estava sentada com o filhinho dele. E aí o cara chegou: ‘Pô, está me reconhecendo?’ E tal [Barulho de tiro] A seco. Só vi o sangue escorrendo no peito dele e saí para não deixar a criança ver aquela cena, né? Tudo muito rápido, uma coisa desnecessária. Mesmo que tivesse uma desavença, para que dar esse tiro? A gente estava no bar do condomínio, entendeu? O condomínio tem um bar”, contou Sueli dos Anjos, amiga da vítima.

Após atirar, o policial ficou aguardando no local e foi preso.

Os moradores contam que, no momento do disparo, estava acontecendo uma festa no salão do condomínio, com grande movimentação de pessoas.

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