ROGÉRIO PAGNAN | FOLHAPRESS
As medidas de segurança adotadas pelo governo de São Paulo em Presidente Venceslau (612 km da capital paulista) para evitar um resgate de chefões da facção criminosa PCC inclui um sistema antiaéreo com uso de luzes especiais, metralhadoras em pontos estratégicos e barricadas na pista do aeroporto local.
O bloqueio do aeroporto ocorre legalmente desde 10 de outubro por determinação da Justiça e conta também com uso de veículos velhos espalhados pela pista.
São carros e motos que antes estavam apreendidos em um pátio da prefeitura, próximo ao local, e foram dispostos de forma a evitar aterrissagens. Uma das suspeitas da polícia envolve a possível utilização de um jatinho para levar o principal chefe da facção, Marco Camacho, o Marcola, para fora do país.
O sistema de segurança foi implantado, segundo policiais ouvidos pela Folha, desde o início da operação, em outubro, logo após a descoberta de um plano de resgate que utilizaria helicópteros de guerra e exército de mercenários.
Outro item desse sistema antiaéreo são canhões de luz instalados nos pontos mais altos da muralha da penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão confinados os chefões do PCC e o possível alvo de resgate.
A reportagem da Folha de S.Paulo visitou a área do presídio na noite de segunda e terça, e verificou que canhões de luz ficam todo o tempo sendo movimentados de um lado para outro, em pontos diferentes da muralha.
Na entrada principal da penitenciária havia, ainda, um veículo blindado com um grupo de policiais fortemente armados, incluindo uma metralhadora MAG .762, com grande poder de destruição.
A arma foi instalada sobre o veículo blindado e um policial fica pronto para disparar contra um eventual invasor.