Em reunião com governadores eleitos, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu a aprovação de medidas amargas pelo Congresso Nacional. Para o presidente eleito, as reformas que passam pela Câmara e pelo Senado são as mais importantes.
Bolsonaro participou de encontro com 20 governadores e os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
“Os senhores têm a perfeita noção do que tem de ser feito. Algumas medidas são um pouco amargas, mas não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos no que a Grécia passou, por exemplo”, disse.
Entre as reformas defendidas pela equipe de Bolsonaro está a da Previdência.
O grupo chegou a tentar articular aprovação de alguma mudança nas regras da aposentadoria já neste ano, mas depois passou a afirmar que deve ficar para 2019.
No encontro, o presidente eleito recebeu uma carta elaborada pelos governadores com demandas dos estados ao governo federal.
PREVIDÊNCIA
O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o grupo vai apoiar a reforma da Previdência. Em seguida, o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fez uma série de ponderações sobre esse apoio às mudanças.
De acordo com o emedebista, parte dos governadores defende “algumas alterações” no que vem sendo negociado nessa área. Entre os pontos, estão as diferenciações de tratamento entre trabalhadores rurais e urbanos e entre homens e mulheres.
Por se tratar de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), uma reforma da Previdência ampla exige apoio de ao menos três quintos dos deputados e senadores em dois turnos de votação em cada Casa.