O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fez, na tarde desta quinta-feira (15), um pronunciamento, no Palácio da Justiça, anunciando as novas medidas tomadas pela pasta para fortalecer a segurança em penitenciárias federais de segurança máxima, após a fuga dos dois detentos na unidade de Mossoró (RN).
De acordo com Lewandowski, algumas das medidas irão iniciar imediatamente. Outras, porém, ainda dependerão de processo licitatório, explicou.
Entre as medidas de segurança, estão:
• A modernização do sistema de videomonitoramento dos cinco presídios federais, inclusive com reconhecimento facial;
• Ampliação dos sistemas de alarmes e sensores de presença;
• Nomeação de mais 80 policiais penais federais;
• Construção de muralhas, como as feitas na unidade do Distrito Federal.
“A fuga foi resultado de uma série de eventos fortuitos. Trata-se de um episódio localizado e que se deveu, em grande parte, ao fato de que há uma reforma no presidio de Mossoró, uma obra civil que deve ter contribuído para a fuga dos detentos. Os presídios federias são absolutamente seguros e todos podem continuar confiando no sistema”, garantiu.
Uma das medidas que já foram tomadas foram os cerca de 300 agentes mobilizados nesta ação, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, forças estaduais e a Interpol, que colocou os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja. Helicópteros e drones também atuam nas buscas.
De acordo com Lewandowski, a grande preocupação do Ministério desde os primeiros momentos é com a recaptura dos dois fugitivos – identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
Investigações
Segundo o ministro há duas investigações em curso. Uma delas, de caráter administrativo, para apurar as reponsabilidades da fuga e que podem levar a um processo administrativo, sob o comando do titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia.
Já na quarta-feira (14), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária de Mossoró, escolhendo um interventor para comandar a penitenciária temporariamente.
A segunda linha de investigação leva a um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais reponsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos dois detentos da penitenciária.
“Estamos atentos, operantes e com todos os esforços envolvidos na recaptura e apuração de responsabilidade no âmbito administrativo e criminal. Determinamos, ainda, a todas as unidades que tomassem as medidas de precaução que considerem adequadas. As medidas são de competência de seus gestores, eles sabem os problemas que enfrentam no dia a dia”, afirmou o ministro.
