Futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), juiz Sergio Moro, exonerado ontem da função de juiz federal, anunciou que levou para o gabinete de transição em Brasília integrantes da Polícia Federal que participaram da Operação Lava Jato, em que o magistrado atuou em Curitiba (PR).
A primeira é Erika Marena. Ela trabalhou em investigações que ficaram muito conhecidas, como a do Banestado e a Lava Jato, ambas começaram no Paraná e tiveram a participação de Sergio Moro. Associou, com ajuda de outro delegado, o doleiro Alberto Yousseff ao esquema da Petrobras.
Recentemente, foi criticada na investigação de desvios de dinheiro na Universidade Federal de Santa Catarina. O reitor da UFSC, se matou em um shopping após ser preso temporariamente.
Cotado para ser o diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Maurício Valeixo é atualmente superintendente da polícia do Paraná, cargo que ele já havia ocupado entre 2009 e 2011.
Valeixo foi adido em Washington (EUA) entre 2013 e 2015. Conhecido de Moro há mais de dez anos, ele foi também chefe do Combate ao Crime Organizado da PF durante três anos da gestão de Leandro Daiello. O posto é o terceiro da hierarquia da polícia.
Já o delegado Rosaldo Franco atuou na PF por quase 33 anos e chefiou a superintendência do Paraná desde o início da Lava Jato até o ano passado, quando pediu aposentadoria, em dezembro. É pessoa de muita confiança de Moro, com quem trabalhou muito de perto, e foi chefe de Erika Marena.