quarta-feira, 24 abril 2024

SP: greve dos metroviários pega paulistano de surpresa

As estações de quatro linhas do Metrô de São Paulo não abriram, na madrugada desta quarta-feira (19), por causa da greve dos metroviários, e pegou os paulistanos de surpresa. A paralisação afetou as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata (monotrilho), onde trabalham cerca de 7.200 metroviários. O movimento grevista não fechou as linhas 4-amarela e 5-lilás, que são privatizadas e operam normalmente.
As composições só começaram a circular parcialmente por volta das 6h55, pouco mais de duas horas do início habital da operação do sistema de transporte sobre trilhos paulistano, às 4h40. Segundo o Metrô, os trechos que iniciaram operação são os entre as estações Ana Rosa e Luz, na linha 1-azul; entre Alto do Ipiranga e Clínicas, da linha 2-verde; e entre Bresser-Mooca e Santa Cecília, na linha 3-vermelha. Não há previsão de operação no monotrilho da linha 15. Às 18h30, a operação continuava parcial, apenas nesses trechos.
Pela manhã, entre as 8h e as 13h, e depois das 18h30, a cidade teve congestionamento de carros acima da média, segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Às 19h15, a cidade tinha 46 km de lentidão. A Prefeitura informou, às 10h30, que o rodízio de veículos está suspenso nesta quarta-feira em função da paralisação dos metroviários. Assim, fica liberada a circulação de veículos leves no centro expandido desde a 0h desta quarta.
Como o rodízio tem acompanhado o toque de recolher imposto pelas normas do Plano São Paulo, também está liberada a circulação automóveis entre as 21h desta quarta e às 5h de quinta (20). O rodízio de caminhões permanece normal.
LIMINAR
Liminar do TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) determina a manutenção de 80% dos serviços nos horários de maior movimento, das 6h às 10h e das 16h às 20h, e 60% nos demais horários, sob pena de aplicação de multa diária ao sindicato de R$ 100 mil. A paralisação está prevista para durar 24 horas, segundo o Sindicato dos Metroviários.
De acordo com o Metrô, ônibus da operação Paese, que farão o mesmo trajeto das linhas, estão disponíveis nas estações. Serão 88 coletivos na linha azul, 40 na linha verde, 75 na linha vermelha e 15 no monotrilho.
Na estação Corinthians-Itaquera, da linha 3-vermelha, muitos passageiros não sabiam da paralisação. “Não ouvi nada dessa greve. Tenho que ir para o centro e nem dá pra embarcar no trem também”, disse a diarista Maria do Carmo Oliveira, 34 anos.
Como a estação é operada pelo Metrô, os passageiros que queriam usar a linha 11 da CPTM, como alternativa, só puderam fazê-lo às 5h30, quando o acesso foi liberado. Longas filas se formaram para o embarque nos trens.
O lixador Adriano Crestoni, 43, resolveu esperar na estação para ver se o Metrô iniciava a operação. “Tinha que entrar às 7h, mas não vou conseguir chegar na Barra Funda”, diz. Já a auxiliar de escritório Vanessa Fernandes, 26, resolveu embarcar no trem da CPTM para chegar ao Brás.
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