O presidente Donald Trump fez uma defesa do patriotismo e do direito de cada país lutar pelos próprios interesses ao fazer seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (24). Ele também fez críticas ao Irã, à China e a ONGs que defendem migrantes.
“O futuro não será dos globalistas. Será dos patriotas”, disse. “Se você quer liberdade e paz, ame sua nação.” Trump também criticou a imigração e disse que a vinda de estrangeiros ilegais “mina a prosperidade do país”. Ele acusou as ONGs que ajudam migrantes ilegais. “Suas políticas são cruéis e más, e ajudam a minar os direitos humanos”.
O presidente acusou outros países, especialmente a China, de se beneficiarem das regras do comércio global de modo a prejudicar a economia dos EUA e, especialmente, sua classe média. “A Organização Mundial do Comércio precisa de mudanças drásticas”, disse. Houve ainda ataques ao Irã, chamado de país sanguinário e principal financiador do terrorismo, e à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela. O presidente atacou o socialismo e disse que esse modelo jamais terá espaço nos EUA.
AMEAÇA DE IMPEACHMENT
No plano doméstico, Trump enfrenta a ameaça de processo de impeachment. Em uma conversa por telefone, ele pressionou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a investigar o filho de Joe Biden, um dos principais pré-candidatos democratas à eleição presidencial de 2020. Trump é acusado por democratas de usar o cargo para buscar ajuda estrangeira para sua própria reeleição, e de tentar encobrir a investigação do caso.
Bolsonaro disse que iria jantar com Trump durante a viagem a Nova York, mas o encontro entre os dois até agora não ocorreu. Na segunda (23), perguntado sobre um possível encontro com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Trump respondeu apenas que “Ele é um bom homem”.
O presidente dos EUA recebeu o filho de Bolsonaro, Eduardo, para uma reunião em Washington no fim de agosto. No entanto, nenhuma medida foi anunciada após esta visita. Em julho, Eduardo foi apontado pelo pai como próximo embaixador do Brasil nos EUA, mas a indicação ainda não foi oficializada no Congresso. A nomeação precisa ser aprovada no Senado. Em março, o presidente Bolsonaro visitou Trump na Casa Branca. Na ocasião, o americano manifestou apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).