Durante a audiência pública realizada nessa terça-feira (27), na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), a Unimed Brasil se comprometeu em avaliar individualmente os contratos dos planos de saúde de pessoas com Transtorno do Espectro Autista que foram cancelados em 2023. A convocação dos representantes da Unimed foi uma iniciativa do deputado Rafa Zimbaldi (Cidadania).
Entre janeiro e maio deste ano, 2,2 mil contratos com pessoas jurídicas foram cancelados pela Unimed, de forma unilateral, o que afetou cerca de 10 mil usuários, incluindo autistas.
De acordo com a Unimed Nacional, os cancelamentos não foram feitos de forma discriminatória para pessoas físicas. O superintendente jurídico e de governança da Unimed Nacional, Alexandro Saltari, afirmou que 83 pessoas que necessitam do tratamento de TEA (Transtorno do Espectro Autista) tiveram o plano suspenso via contratos de pessoa jurídica, o que, de acordo com ele, é permitido por lei.
Após a justificativa da operadora de saúde, Zimbaldi pediu que a empresa acolha a solicitação da Comissão da Pessoa com Deficiência da Alesp, para rever a situação dos afetados pelos cancelamentos dos contratos.
“Saímos dessa audiência com a promessa de que a Unimed vai reavaliar cada contrato cancelado e prestar esclarecimentos sobre a quantidade de pacientes afetados. Ao que nos parece, o volume de pessoas que nos procuram e que necessitam de tratamento para autismo é bem maior do que o informado pela Unimed – 83. De toda maneira, a Alesp está satisfeita com o fato de a empresa ter enviado representantes e em ter se colocado à disposição para tentar solucionar o problema”, disse o deputado.
Além do compromisso de reavaliação dos contratos, a Unimed Brasil e a Unimed Nacional assumiram o compromisso em voltar à Comissão da Pessoa com Deficiência da Alesp, para uma conferência final do plano de saúde dos autistas.
