sábado, 27 abril 2024

Viaduto cede mais um pouco e Covas monta comitê de crise

O viaduto que cedeu durante a madrugada da quinta-feira na pista expressa da marginal Pinheiros ainda não atingiu ponto de estabilidade e movimentou-se mais um pouco ontem. Segundo o secretário de Infraestrutura e Obras Vitor Aly, a oscilação ocorreu devido à variação de temperatura durante a noite e já era esperada.

“Apesar de ter ficado estável durante todo o dia, no período da noite, em função da mudança de temperatura, houve uma movimentação. Tivemos um recalque, do lado direito, de 3 mm, e outro de 7 mm do lado esquerdo”, disse Aly.
Ao todo, desde quinta-feira, o viaduto cedeu 1 cm do lado direito e 1,2 cm do lado esquerdo.

Aguarda-se para os próximos dias, sem previsão precisa, que a estrutura ceda um pouco mais e se apoie no escoramento metálico montado pela prefeitura. Isso daria mais estabilidade e permitiria que se iniciassem testes para a retomada do funcionamento regular da linha 9-esmeralda da CPTM. A circulação de trens foi interrompida entre as estações Pinheiros e Ceasa para evitar trepidações que pudessem movimentar o viaduto.

O local também foi pichado durante a madrugada. Dois homens picharam o degrau que se formou com a queda do viaduto e foram detidos na sequência pela Guarda Civil Metropolitana.

Ontem de manhã, a gestão Covas instalou tapumes para evitar novas intervenções e também para impedir que motoristas diminuíssem a velocidade ao passar pela pista local para tirarem fotos.

Diante do cenário, o prefeito Bruno Covas (PSDB) instalou um comitê de crise para discutir soluções para o viaduto. O grupo é composto pelos secretários de Subprefeituras, Infraestrutura, Comunicação e Transportes, além do próprio prefeito, que têm se reunido por meio de videoconferências. Covas deve agendar para o começo da semana uma reunião presencial entre os membros.

O prefeito já montou comitês de crises duas outras vezes em seu mandato: após o desabamento de edifício no largo do Paissandu e durante a greve dos caminhoneiros.

TAMANHO DO DANO É DESCONHECIDO 
De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, Vitor Aly, o objetivo é liberar “o mais rápido possível” a linha da CPTM. No entanto, ele informou que testes com os trens da CPTM só devem ocorrer depois que o escoramento estiver completo.

“Vamos dar andamento ao macaqueamento [movimentação da estrutura para que ela retorne ao nível ideal] da estrutura, que não é solução de consertar o problema. É só para aliviar a tensão do pilar rompido, de forma que a gente preserve a segurança de quem está trabalhando e a do tabuleiro”, acrescentou.

Conforme o secretário, a equipe não teve acesso ainda ao interior da estrutura do viaduto, o que inviabiliza identificar o tamanho do dano causado. A avaliação dentro da estrutura só será feita quando a equipe considerar que a estrutura está estável.

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