sábado, 27 abril 2024

Americana é recordista no Estado de SP no envio de escorpiões ao Butantan

A Prefeitura de Americana destinou ao Instituto Butantan, em São Paulo, um total de 9.055 escorpiões ao longo do ano de 2018, dos quais 8.982 capturados vivos (8.095 adultos e 887 jovens). O número representa um novo recorde para a cidade, que repete o feito de 2017, sendo o município que mais coleta e destina estes animais para o instituto em todo o Estado de São Paulo.

Os aracnídeos enviados para São Paulo rotineiramente servem para a produção do soro contra o veneno da picada dos escorpiões. Os dados foram obtidos pelo TODODIA na última segunda-feira junto do centro de pesquisa do instituto.

No ano de 2017, Americana enviou 3.285 escorpiões ao Butantan – 3.259 deles vivos, entre os quais 2.823 adultos e 436 aracnídeos jovens.

Americana acumulou um total de 484 vítimas de acidentes envolvendo picadas de escorpião de janeiro a dezembro de 2018. O número é 18% maior do que o registrado no mesmo período de 2017, quando houve 409 casos registrados na cidade. Não houve registro de morte na cidade em 2018.

Pressionada pela opinião pública a respeito da infestação em muitos bairros, a prefeitura anunciou em dezembro uma ação para dedetização das galerias pluviais e de esgoto da cidade, com a finalidade de eliminar baratas, tidas como um dos principais alimentos dos escorpiões e, assim, combatê-los indiretamente. Uma concorrência pública para a contratação do serviço está em fase de orçamento na prefeitura.

A analista de projetos do Instituto Butantan, Viviane Clorinda Neuman, destaca o feito das equipes que atuam na captura de escorpiões na cidade.

“Nos dois últimos anos, Americana foi o município que mais coletou e destinou ao Butantan”, confirma. “Em 2017, foram 3.285 animais. Já em 2018, foram 9.055 animais. Destes, 8.982 chegaram vivos”, declarou.

A captura noturna de escorpiões é realizada desde 2005 nos cemitérios municipais de Americana e em áreas estratégicas de maior ocorrência desses animais dentro do território da cidade.

A atividade é executada em média duas vezes por semana e tem como principais objetivos não só o controle mecânico da população de escorpiões nessas áreas, mas principalmente o fornecimento de animais vivos aos institutos de referência para a produção de imunobiológicos, como explicou o biólogo da prefeitura, Jardel Brasil. Uma luz ultravioleta é usada para localizar os animais à noite.

“Essa técnica leva em consideração o fotoperiodismo dos escorpiões, que são mais ativos à noite, e se baseia na composição de moléculas presentes no exoesqueleto desses aracnídeos, que apresentam fluorescência ciano-esverdeada em exposição à luz ultravioleta, facilitando a sua localização e captura”, afirmou.

Em 2018, as equipes do PVCE (Programa de Vigilância e Controle de Carrapatos e Escorpiões) estabeleceram um novo recorde, com 14.333 escorpiões capturados. Não se envia a totalidade capturada porque muitos acabam morrendo no decorrer do período entre uma retirada e outra, já que o próprio Instituto é quem realiza a coleta pelo menos uma vez ao mês, como informou a prefeitura.

 
 

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