
A Vigilância Epidemiológica de Americana confirmou, nesta segunda-feira (7), mais um óbito causado pela dengue no município, elevando o total de mortes para 18 desde o início de 2025. A vítima é um homem de 73 anos, morador do bairro Mário Covas, que faleceu no último dia 25 de março. O número de mortes por dengue já ultrapassa o registrado em 2024.
Segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, até a tarde desta segunda-feira (7), Americana registrava 6.016 casos prováveis de dengue e 18 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 1.098 casos e 2 óbitos. O aumento no número de casos chega a 447%, enquanto o número de óbitos aumentou 800%.
Na última semana, foram registrados quatro óbitos causados pela dengue no município: três mulheres, com idades entre 52 e 98 anos, e um homem de 81 anos.
Todas as Unidades Básicas de Saúde da rede contam com testes rápidos para dengue, utilizados de acordo com os critérios estabelecidos no Plano de Contingência. A vacina contra a dengue também segue disponível para crianças e adolescentes, de 10 a 14 anos, também em todas as UBSs, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h – na Praia Azul e São Vito, o atendimento ocorre das 8h às 20h.
ESTADO DE EMERGÊNCIA
No dia 28 de março, a Prefeitura de Americana decretou situação de emergência em saúde pública em razão do cenário da dengue. O Decreto nº 13.702/2025, publicado no Diário Oficial do Município, estabelece medidas administrativas para intensificar o controle e combate às arboviroses. A decisão acompanha as diretrizes do Governo de São Paulo, conforme o Decreto Estadual nº 69.359/2025, que reconhece a epidemia de dengue em todo o território paulista.
Além da dengue, o decreto também abrange medidas de combate a outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como Chikungunya e Zika.
Entre as ações previstas a partir do decreto de emergência, estão:
– Contratação emergencial de serviços e aquisição de insumos
– Admissão temporária de servidores para reforçar o atendimento
– Prorrogação de contratos que favoreçam o combate ao mosquito e a assistência à saúde
– Mobilização de agentes comunitários de saúde e controle de vetores para intensificação das visitas domiciliares
– Campanhas educativas para conscientização da população
– Aplicação de sanções aos moradores que mantiverem focos do Aedes aegypti em suas propriedades
– Reforço na fiscalização de terrenos baldios e imóveis abandonados, com possibilidade de limpeza compulsória
– Suspensão de férias e folgas de servidores da Saúde e de outros órgãos envolvidos no enfrentamento da epidemia
A Secretaria de Saúde, por meio da Sala de Situação Municipal de Prevenção e Controle das Arboviroses, instituída pelo Decreto nº 13.703/2025, é a responsável pela coordenação das ações e pelo monitoramento dos indicadores epidemiológicos, como incidência de casos, taxa de letalidade e índices de infestação.
O Decreto Municipal tem validade de 90 dias e poderá ser prorrogado caso a situação exija novas medidas.