sábado, 20 abril 2024

Americana tem atos pró e contra governo

 Enquanto grupos bolsonaristas programam passeata na Av. Brasil, Grito dos Excluídos será no bairro Zanaga

Atos e passeatas serão realizados no feriado. (Arquivo/TodoDia)

 Atos a favor e contra o governo Jair Bolsonaro estão programados em diferentes pontos de Americana nesta terça-feira (7), feriado nacional do Dia da Independência. Enquanto grupos a favor do presidente prepara passeata na Avenida Brasil, movimentos sociais promovem na Praça Vinícius de Moraes, no bairro Zanaga, a 27ª edição do “Grito dos Excluídos e das Excluídas”.

Do lado pró-governo, estima-se que cerca de 2.000 pessoas participem de uma passeata pela Avenida Brasil. A concentração para o protesto deve ser a partir das 9h, em frente ao Jardim Botânico. O grupo pretende percorrer a avenida e voltar ao parque.
Um dos organizadores do evento, o empresário Fernando Vaz, comenta que o trajeto será acompanhado por um carro de som, e que representantes de igrejas, além de caminhoneiros da região, também confirmaram participação no evento.
“Resolvemos fazer o ato aqui na cidade para dar a oportunidade de quem não pode ir a São Paulo se reunir na Avenida Paulista”, afirma o organizador que, após terminada a manifestação em Americana, seguirá para o ato da capital.
A expectativa é que os bolsonaristas de outras cidades, como Santa Bárbara e Nova Odessa, se juntem ao grupo em Americana.
“Reuniremos aquelas pessoas que têm amor pelo país”, comenta Vaz.

O caminhoneiro João Fernandes Luzardi diz que o objetivo é agrupar o maior número de caminhões possível. “Vamos levar um pessoal para acompanhar a passeata. Na hora veremos se poderemos transitar com os caminhões ou não, mas estaremos lá”, afirma.
Já a 27ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas tem como lema “na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda”.
O evento está marcado para as 9h30, no Zanaga, e tem o objetivo de mobilizar as pessoas pelos direitos básicos, além de abordar os problemas relacionados à pandemia de Covid-19.
“Vai ser um ato público, como é feito todos os anos. Teremos algumas falas e manifestações culturais”, comenta um dos organizadores do evento, Rafael Bernardi.
Ele explica que o ato não é um chamado para polarização política, uma vez que é realizado anualmente, mas que seria impossível não explicitar a oposição ao governo Bolsonaro.
As pastorais da criança e juventude e a Unegro (União de Negros e Negras pela Igualdade) apoiarão a manifestação. “Essa participação vem de muito tempo, por ir de encontro com a nossa luta. É um momento muito importante de denúncia dessa falsa independência que temos no país e que não chegou de fato para a população negra, para a população pobre e para comunidade LGBT”, comenta o representante da Unegro, Pedro Monteiro.
Apesar de terem divulgado a possibilidade de realização de atos contra o governo, os representantes do Psol (Partido Socialismo e Liberdade) resolveram apoiar o Grito dos Excluídos e cancelar os outros eventos.
“Nós decidimos que seria mais estratégico. É necessário pontuar que esses atos são em defesa da democracia e da classe trabalhadora”, comenta a secretária geral do partido em Americana, Maria Fernanda Pereira Galhani.
Em nota, a Prefeitura de Americana informou que a Gama (Guarda Municipal de Americana) não possui nenhum esquema especial de monitoramento dos atos, mas acompanhará ambas as manifestações.
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