Empresas em Americana reclamam de impasse perante a prefeitura
A estação é responsável pelo tratamento dos efluentes das 37 empresas, várias delas do setor têxtil, que estão localizadas no complexo industrial do Carioba.
De acordo com a Associação das Empresas Cotistas da ETE, a Prefeitura de Americana não forneceu nenhum posicionamento a respeito dos projetos e melhorias na ETE, o que, segundo a entidade, criou um impasse entre as empresas e o DAE (Departamento de Água e Esgoto).
Em reunião com o prefeito Chico Sardelli (PV) em abril deste ano, a associação afirmou que a administração pediu um prazo de 15 dias para apresentação de uma proposta, o que não teria acontecido.
Em maio, segundo a associação, o superintendente do DAE, Carlos Cesar Gimenes Zappia, disse que estava estudando uma outra proposta que seria mais “interessante”, inclusive em termos de valores, para ser aplicada na ETE, mas nenhuma reunião foi marcada desde então.
Segundo Dilézio Ciamarro, presidente da associação, a exigência da Cetesb é um problema, porque, além de cerca de metade das empresas sequer ter espaço para implantar uma ETE própria, o investimento para isso é muito alto.
“Sem contar que a gente vai tratar esse esgoto, vai deixar a água limpa e jogar na rede, onde essa água será suja novamente e o DAE vai precisar tratar de novo, o que vai gerar dois custos para nós. Alguns empresários se dizem desanimados com a cidade e afirmaram que estão procurando sair daqui. E nós não gostaríamos de perder nenhuma empresa”, afirmou.
SEM RESPOSTA
A reportagem questionou a Prefeitura de Americana na última sexta-feira (2) sobre qual é o posicionamento da administração no caso e o que pode ser feito para ajudar as empresas da associação da ETE Carioba a renovar a licença junto à Cetesb, mas não houve resposta até a conclusão desta reportagem.