Bebê de apenas seis meses tem de realizar procedimento para correção no crânio
A pequena Laura Sabattino da Costa, de apenas seis meses, moradora de Americana, precisa realizar uma cirurgia no crânio que custa R$ 120 mil. Ela foi diagnosticada como portadora da cranioestenose, do tipo escafocefalia. Sem a cirurgia, ela pode desenvolver hipertensão craniana, uma pressão no crânio até a expulsão dos olhos, comprometimento da audição, da fala, de movimentos motores e atraso mental.
A menina nasceu com 37 semanas e três dias, através de uma cesariana após tentativas de realizar um parto normal. Ao nascer, ela foi encaminha para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal devido a complicações no parto. Ela teve hipoglicemia (queda de açúcar no sangue) e falta de oxigênio e ficou internada por 12 dias.
Perto de receber alta médica, Laura contraiu uma infecção no intestino e precisou fazer um tratamento com antibióticos por sete dias. Recuperada da infecção, um dos pediatras de plantão suspeitou que a bebê poderia ter cranioestenose. Foi feito uma tomografia. O laudo constatou que o crânio estava normal. Porém, os pais receberam a orientação de refazer o exame quando a Laura tivesse três meses. Ao atingir a idade, Laura refez a tomografia e foi diagnosticada como portadora da cranioestenose.
A partir do diagnóstico, a família começou a jornada para achar um neurocirurgião pediátrico, pois a bebê precisaria de uma cirurgia, o quanto antes, para corrigir o crânio.
Segundo a mãe, Gabriela Sabattino Ramos, sem o procedimento, a filha pode desenvolver uma hipertensão craniana – uma pressão no crânio até a expulsão dos olhos -, comprometimento da audição, da fala, movimentos motores e atraso mental.
“A gente ficou super abalado! A gente já estava com a questão emocional do pós-parto, de todas as complicações que ela teve e ainda tinha mais essa pela frente”, relembra a mãe.
Em busca de suporte, Gabriela começou a fazer parte de um grupo no WhatsApp, onde outros pais compartilhavam suas experiências com a doença. E foi através desse grupo que ela recebeu a indicação de uma dupla de neurocirurgiões pediátricos de Campinas, que poderiam fazer o procedimento necessário em sua filha.
Esses pais também a auxiliariam apontando que o plano de saúde poderia cobrir todo ou parte do valor da cirurgia. “Infelizmente nossa condição financeira não dá. Eu tive que pedir a conta no serviço para conseguir ficar com a Laurinha, porque não tinha como ela ficar em uma escola sabendo que iria precisar de uma cirurgia”, explica Gabriela.
Após a consulta com os especialistas, foi feito um relatório de todos os custos que a cirurgia iria ter e com o auxílio da advogada, que também conheceram no grupo, eles notificaram na última sexta-feira (29) o convênio médico, que tem 48h para responder e depois dar entrada no processo.
O procedimento já está marcado para o dia 31 de maio. Contudo, a família ainda aguarda retorno do convênio para saber se haverá cobertura ou não dos custos, e se essa cobertura será integral ou total.
Diante do impasse, os pais de Laura resolveram fazer uma vaquinha virtual para conseguir uma parte do dinheiro. Até o momento, a família já arrecadou R$ 33 mil de R$ 120 mil. Segundo Gabriela, a filha está se desenvolvendo normalmente.
Caso o convênio cubra 100% dos custos, a família afirmou que fará a doação dos montantes arrecadados para instituições como o Hospital Sobrapar, responsável por cirurgias e reabilitação de pacientes com deformidades crânio-faciais.
Os vereadores de Americana Thiago Brochi (PSDB) e Juninho Dias (MDB), fizeram a divulgação da vaquinha. Brochi irá promover um evento de judô, no próximo dia 15, onde o valor das inscrições serão revertidas para a causa.
Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, a cranioestenose ou craniossinostose é o fechamento prematuro de uma ou mais suturas cranianas. A forma do crânio se modifica devido ao impedimento do crescimento do cérebro. Esse “fechamento” precoce pode causar deformidades na cabeça e graves lesões neurológicas.
Para acessar a Vakinha, é só clicar aqui.