Religioso havia sido condenado a 21 anos de prisão por abuso sexual contra coroinhas
Nesta segunda-feira (18) o juiz Rafael Pavan de Moraes Figueira, responsável pelo julgamento do caso do ex-padre Pedro Leandro Ricardo, reduziu a pena de 21 anos para 19 anos e cinco meses de prisão. A decisão foi feita a pedido da defesa de Leandro.
Segundo o advogado do ex-padre, Paulo Sarmento, a lei usada para julgar o caso sofreu alterações, tornando-a mais severa. E de acordo com Sarmento, mesmo que haja alterações na lei, é preciso usar as diretrizes que a lei implicava no ano em que o crime ocorreu.
“O juiz reconheceu que aplicou a pena conforme a lei atualizada. Mas não é permitido aplicar a lei que não corresponde ao ano do crime, ainda mais com alterações mais severas, prejudicando o condenado.”, explica o advogado.
O advogado das vítimas, Gustavo Paiva, afirma que, assim como o Ministério Público, irá recorrer a decisão do juiz. “As vítimas confiam na Justiça do estado de São Paulo e aguardam a decisão do Tribunal de Justiça”, declara ele.
Além da redução de pena, foi determinado que o ex-padre, que já foi reitor da Basílica de Santo Antônio, em Americana, responda o caso em liberdade. Inicialmente o cumprimento da pena seria fechado.
O Ministério Público acusou Leandro de abusar de quatro ex-coroinhas em Araras (SP), enquanto atuava na Paróquia São Francisco de Assis, entre os anos de 2003 e 2006. Em 19 de maio deste ano, o ex-padre foi condenado pelo crime de abuso sexual contra menores. Porém, a justiça de Araras julgou e condenou por crimes cometidos a partir de 2002.
Em janeiro de 2019, Leandro foi afastado das funções da Basílica de Santo Antônio. E em março deste ano a Diocese de Limeira, ao qual o ex-pároco respondia, comunicou que Leandro foi desligado do Vaticano.
