Mantida prisão preventiva de William Ricardo Pereira Semião, o “Barba”, e de Fátima Roberta Galo Leite, acusados pelo assassinato do motoboy Marco Roberto Bernardo Leite, de 52 anos
O juiz da Vara do Júri e Execução Criminal de Americana, Wendell Lopes Barbosa de Souza, negou um pedido de liberdade provisória e manteve a prisão preventiva de William Ricardo Pereira Semião, o “Barba”, e de Fátima Roberta Galo Leite, acusados pelo assassinato do motoboy Marco Roberto Bernardo Leite, de 52 anos, em maio deste ano, no Parque Novo Mundo, em Americana. Ambos estão presos desde agosto.
Barba é apontado como autor do homicídio e Fátima, que era casada com a vítima, é suspeita de ser a mandante do crime. Ela nega envolvimento, mas confirma que manteve um relacionamento extraconjugal por três anos com o acusado.
Na decisão, proferida nesta quarta-feira (15), o magistrado entendeu que, uma vez solto, Barba poderia fugir. “Por ora, não é possível acolher o pedido de liberdade provisória, sendo necessária a mantença do réu preso para conveniência da instrução criminal, haja vista a sua tentativa de se homiziar em endereço diverso de sua residência após o cometimento do crime. Tudo a demonstrar que poderá intentar fuga uma vez solto”, justifica o juiz.
O CRIME
Na madrugada do dia 22 de maio, Barba invadiu a casa onde o motoboy morava com Fátima, então casada com Marco Roberto, e, depois de entrar em confronto com a vítima, matou o motoboy com golpes de faca.
De início, a suspeita era que Barba havia invadido a residência para roubar o casal e que o crime se tratava de um latrocínio (roubo seguido de morte).
Testemunhas afirmam que o acusado limpava a calçada da vítima e que ambos haviam se desentendido e trocado ameaças dias antes do assassinato.
Ele ficou foragido por aproximadamente três meses até ser preso em Igaraçu do Tietê, na região de Jaú, após ser abordado em um patrulhamento e os policiais constatarem que havia um mandato de prisão expedido em Americana. Dias depois Fátima também teve a prisão decretada. Ainda não há definida para o julgamento da dupla e de um terceiro suspeito, acusado de ter ajudado Barba a pular o muro da casa de Marco Roberto.