sábado, 27 julho 2024

Prefeitura arca com 62% dos gastos com Covid-19

Em Americana, pouco mais de um terço é dinheiro estadual e federal 

Danilo Oliveira | Secretário da Saúde de Americana (Foto: Arquivo/ TodoDia)

A Prefeitura de Americana, por meio da Fusame (Fundação Saúde de Americana) arca com 62% dos custos do combate à Covid-19 na rede de saúde da cidade, enquanto o Governo do Estado e o Governo Federal custeiam, juntos, 38% do total. Os dados foram revelados pelo secretário de Saúde da cidade, Danilo Carvalho Oliveira, e reforçam o cenário de diminuição dos repasses federais para o combate à pandemia em 2021.

De acordo com o secretário, os custos do combate à pandemia na cidade na rede pública giram em torno de R$ 4,5 milhões por mês. Desse total, segundo ele, apenas R$ 1,7 milhão, em média, é repassado pelos governos do estado e federal. O restante, cerca de R$ 2,8 milhão, sai dos cofres da própria prefeitura.

A informação consta na fala do secretário em vídeo gravado ao lado da vereadora Professora Juliana (PT) e do superintendente da Fusame, Eduardo Pramparo, durante entrega de uma emenda de R$ 600 mil para a saúde articulada pela vereadora com o deputado Ênio Tatto (PT).

No vídeo, Danilo agradece a vereadora pela emenda e cita que o valor ajudará nos custos do Hospital Municipai Dr. Waldemar Tebaldi. “Esse recurso vai possibilitar que nós possamos manter uma estrutura tão grandiosa quanto a do Covid para atendimento aos nossos munícipes de Americana”, disse.

O superintendente da Fusame, Eduardo Pramparo, também citou a necessidade de reforço nos caixas. “O custo do Covid é muito elevado e esse recurso será muito bem-vindo para que façamos as manutenções necessárias em atendimento da população de Americana e região”, disse.

O Hospital Municipal se tornou referência no atendimento público a pacientes com Covid-19 na cidade e região. A unidade, em 2021, chegou a praticamente dobrar sua capacidade de absorção de pacientes nos leitos de enfermaria e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e, hoje, a manutenção desses leitos é o maior custo da prefeitura em relação à pandemia.

No início desse mês, por exemplo, a enfermaria do hospital chegou a operar com 59 pacientes internados, sendo que sua capacidade normal é de 35. Nesta terça, era um pouco melhor: taxa de ocupação de 90% para leitos com respiradores (de 30 no total, 27 ocupados) e 82,86% sem respiradores (de 35 no total, 29 ocupados). 

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