quinta-feira, 18 abril 2024

Pronto-Socorro do HM implanta atendimento por classificação de risco em Americana

Novo sistema de triagem atribui cores de acordo com gravidade de cada paciente, informou a prefeitura

Protocolo de Manchester | Novo sistema de cores é usado na triagem do HM (Foto: Prefeitura de Americana/ Divulgação)

O HM (Hospital Municipal) Dr. Waldemar Tebaldi implantou no PS (Pronto-Socorro) uma nova forma de triagem dos pacientes, baseada no “protocolo de Manchester”. O objetivo, segundo a prefeitura, é identificar os doentes que precisam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

O novo método – que atribui diferentes cores aos pacientes de acordo com a gravidade de cada caso, definindo as prioridades no atendimento e o tempo estimado de espera – substituiu o atendimento por ordem de chegada no dia 1º de dezembro, mas segundo a administração os resultados já podem ser verificados.

“Apesar do pouco tempo de implantação, já percebemos uma melhoria importante. Ao priorizar os casos mais críticos, estamos humanizando ainda mais o atendimento e agilizando com foco na gravidade”, destacou a superintendente da Fusame (Fundação de Saúde de Americana), Lilian Godoy.
O protocolo de Manchester classifica a urgência de atendimento dos casos por cores

Pacientes classificados na cor vermelha são os de emergência, que se encontram em estado gravíssimo e com risco de morte, portanto necessitando de atendimento imediato. Se enquadram, por exemplo, quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, problemas respiratórios, dor no peito relacionada à falta de ar, crises de convulsão, trauma cranioencefálico, tentativa de suicídio, parada cardiorrespiratória, hemorragias incontroláveis, entre outros.

Já a cor laranja é atribuída a pacientes em estado muito urgente e com risco significativo de morte. O tempo de espera aproximado é de até 10 minutos. Abrange casos como arritmia cardíaca sem apresentação de sinais de instabilidade, cefaleia intensa com rápida progressão, dores severas, etc.

A cor amarela é usada para pacientes considerados urgentes, mas de gravidade moderada, que têm necessidade de atendimento médico, mas sem riscos imediatos. O tempo médio de espera é de até 60 minutos e inclui casos como desmaios, dor moderada, vômito intenso, crises de pânico, hemorragia moderada, picos de hipertensão, alteração dos sinais vitais, entre outros quadros clínicos.

A cor verde é para pacientes considerados menos graves. O tempo de espera pode ser de até duas horas e essa classificação é atribuída, por exemplo, a pacientes com dores leves, torcicolo, enxaqueca, estado febril sem a presença de alterações vitais, resfriados e viroses, náuseas e tonturas, hemorragia controlada, asma não diagnosticada como quadro de crise, etc.

E, por fim, a cor azul representa a classificação mais simples, para casos que o paciente pode aguardar atendimento ou ser encaminhado para outra unidade de saúde. O tempo de espera pode ser de até quatro horas, reconhece a prefeitura, e envolve pacientes com queixas de dores crônicas, aplicação de medicação com receita, troca de sondas, entre outros.

Atualmente, o pronto-socorro do HM tem a seguinte média de atendimento: 4% de casos classificados como vermelho ou laranja; 19% como amarelo; 31% como verde; e 47% como azul.

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