Está na Basílica de São Pedro, sede do Vaticano, o resultado final da investigação interna aberta na Igreja Católica para apurar denúncias contra o padre Pedro Leandro Ricardo.
O religioso é acusado de crimes de abuso sexual de menores e apropriação indébita de recursos da Basílica de Americana – de onde foi afastado em janeiro, na esteira do escândalo em que foi envolvido.
A informação é da Diocese de Limeira, responsável pelas paróquias de 16 cidades, incluindo Americana e a Basílica Santo Antonio de Pádua.
O bispo diocesano Dom Vilson Dias de Oliveira teve acesso ao relatório, mas não comenta o resultado da investigação, que está sob sigilo canônico.
O documento sobre o caso foi enviado à sede da Igreja Católica, em Roma (Itália), na segunda quinzena deste mês.
A assessoria de imprensa da Diocese não soube informar a data exata da remessa, que não havia sido feita até o último dia 15.
Em março, dois padres canonistas designados pela igreja como “investigadores” ouviram depoimentos de supostas vítimas de abuso sexual que teriam sido cometidos pelo religioso ao longo dos últimos anos.
O padre Leandro também depôs, encerrando as oitivas. Publicamente, ele nega as acusações, mas não fala com a Imprensa. O religioso também é investigado pela Polícia Civil, em inquéritos sob segredo de Justiça em Americana, Araras e Limeira.
INVESTIGAÇÃO
O bispo Dom Vilson Dias de Oliveira também é investigado pela Polícia e em um outro processo canônico, conduzido pelo bispo de Lorena, Dom João Inácio Müller, a pedido da Nunciatura Apostólica no Brasil – que representa o Vaticano no País. Contra Dom Vilson pesam acusações de desviar dinheiro da igreja e de acobertar os supostos abusos do sacerdote. Ele segue trabalhando e nega envolvimento nos crimes.