A Câmara Municipal de Americana sediou, nesta sexta-feira (01), a sétima reunião do Parlamento Metropolitano da RMC, composto por vereadores das vinte cidades da região, para debater ações relacionadas ao atendimento às mulheres vítimas de violência.
O tema foi abordado pela delegada do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo/Interior de Campinas, o Deinter 2, e coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, Maria Helena Taranto Joia, além dos parlamentares.
A deputada estadual, Ana Perugini, esteve no evento e ressaltou que a reunião fortalece as ações dos municípios. “É uma forma do Parlamento Metropolitano se organizar e tratar de temas que são comuns às cidades, isso fortalece uma ação conjunta com mais eficácia”, afirmou a deputada.
Para a vereadora Professora Juliana, as políticas públicas não acompanham o aumento da violência contra as mulheres. “A reunião é importante, especialmente hoje, porque tivemos no centro da pauta a discussão sobre a importância de fortalecer a rede de atendimento à mulher vítima de violência […] ano a ano nós temos um crescimento da violência contra a mulher nas mais diversas formas. Ao mesmo tempo, a gente não acompanha uma evolução das políticas públicas na mesma proporção”, disse a vereadora Professora Juliana.
A parlamentar também ressaltou que somente a segurança pública não é eficaz no enfrentamento a esta forma de violência, e que as transformações estruturais passam também pela educação, assistência social e saúde.
“Em Americana, a gente tem muito para avançar. A gente tem insistido bastante na importância do Centro de Referência da Mulher, o Conselho da Mulher com caráter deliberativo, e não só consultivo, como a gente tem hoje. A gente quer também um serviço bem implementado e especializado de ressocialização para homens que praticaram a violência, para que a gente possa transformar nosso cenário, e não só agir depois que o problema acontece”, complementou a vereadora.
Já o presidente da Câmara Municipal de Americana, Thiago Brochi, afirmou que é importante um convênio intermunicipal entre as Guardas Municipais. “Se tiver uma ocorrência em cidades vizinhas, o guarda municipal pode ter problemas, se assim decidir o juiz, ao entender que ele está extrapolando o poder dele passando em outros municípios. Eu coloquei como sugestão para que as cidades tenham esse convênio, para que a Guarda Municipal tenha liberdade de trabalho, com uma atuação mais forte, inclusive na questão da segurança pública”, afirmou o presidente.