
O som do berimbau substituiu o barulho dos carros na manhã deste domingo (5), na Avenida Brasil, em Americana. O município recebeu a Vivência de Capoeira, uma atividade gratuita que uniu esporte, arte e inclusão, com destaque para o protagonismo feminino.
Evento Cultural
Promovido pela Prefeitura de Americana, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, em parceria com o Ministério da Cultura, o evento integra o projeto selecionado pelo edital PNAB 05/2024, da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, com apoio do Conselho Municipal de Cultura (Comcult) e produção da Associação Cultural e Desportiva Força.
Protagonismo feminino
Durante a manhã, o trecho da avenida se transformou em um espaço de convivência e aprendizado. A atividade foi conduzida pela Mestra Pica-Pau, nome de capoeira de Suzana Campo, do grupo Arte Monumental, de Campinas. Para ela, a vivência foi uma oportunidade de troca entre escolas e também de valorização do papel das mulheres dentro da roda.
“A gente tem que caminhar junto, tanto com o masculino quanto com o feminino. A intenção é potencializar as mulheres para que outras possam vir e seguir esse trabalho”, comenta a Mestra Pica-Pau.
A manhã também teve a presença de capoeiristas de várias cidades da região, como Sumaré, Hortolândia e Santa Bárbara d’Oeste. Entre elas estava Sheila, conhecida na roda como Instrutora Dendê, do projeto Capoeira Soma, de Sumaré, que reforçou o poder transformador da prática. “A capoeira com as mulheres é a coisa mais linda que tem. Quanto mais união, melhor. A energia é contagiante, a capoeira salva vidas”, afirmou.
Força da capoeira
O encontro foi articulado pelo Mestre Maguila, que mantém um trabalho de base em Americana. Para ele, a integração entre diferentes grupos reforça a essência colaborativa da arte.“A capoeira é uma mãe com vários filhos. Hoje temos gente de várias cidades e isso cria uma grande corrente para divulgar essa arte maravilhosa”, destacou.