sexta-feira, 26 abril 2024

Câmara arquiva denúncia contra Dixon e vereadores

A Câmara de Paulínia arquivou ontem denúncia contra o prefeito Dixon Carvalho (PP) e 12 dos 15 vereadores por suposta troca de favores em troca de cargos comissionados.

A sessão extraordinária para leitura do relatório da investigação que poderia levar à cassação do mandato do prefeito e dos 12 vereadores, começou por às 11h. Mais um parlamentar também era investigado. No entanto, a CP (Comissão Processante) excluiu Ednilson Cazellato, o Du (PSDB), presidente da Casa, por falta de provas.
A CP, composta por dois suplentes e um vereador, investigou por 180 dias os 13 vereadores e o prefeito por suposta troca de votos por apoio político, denunciada por um policial aposentado.
A sessão extraordinária começou com os suplentes assumindo as cadeiras dos investigados, com exceção de Maroca (PSDB), que não compareceu, e tendo na presidência Gustavo Yatecola (PT do B).
Na sequência, os advogados de defesa pediram a suspeição do vereador Tiguila (PPS), único vereador a compor a CP, e tiveram seu pedido acolhido, devido ao mesmo ter presidido os trabalhos da Comissão.
Os outros dois membros da Comissão, os suplentes Robert Paiva (PTB) e Sargento Camargo (PDT), também sofreram pedidos de suspeição.
Ao todo, cinco vereadores foram favoráveis ao pedido de exceção de suspeição por avaliarem que ocorreram problemas na forma da investigação. Outros três foram contrários e houve uma abstenção. A denúncia acabou sendo arquivada e todos os atos invalidados.
A CP foi aberta depois de uma denúncia apontar que 13 dos 15 vereadores, com exceção de Tiguila e Kiko Meschiatti (PRB), teriam agido para impedir apurações sobre os contratos emergenciais feitos pelo prefeito para contratação de serviços de merenda e coleta de lixo, em troca de 68 cargos de confiança na Administração.
Os 13 investigados foram afastados do cargo pela Justiça, mas voltaram no dia seguinte, após conseguirem uma liminar para se manter no cargo durante as investigações.
O vereador Kiko não participou da sessão porque está preso. Ele foi condenado a 4 anos e oito meses de detenção em regime semiaberto por usar notas falsas no comércio em 2004.
Em nota, Dixon afirmou que sempre esteve tranquilo e que sempre conduziu suas ações dentro da legalidade e em nenhum momento deixou de se preocupar em dar a continuidade ao trabalho de administrar a cidade.
“Ressalta, ainda, que em vários momentos apontou que a Comissão Processante se apresentou de maneira parcial, abusiva e que seus advogados e dos vereadores iriam demonstrar isso com provas ao longo das investigações e foi exatamente isso que ocorreu. Agora, o prefeito espera poder se dedicar apenas a administrar a cidade e trabalhar em paz”, traz a nota.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Dixon afirma que é vítima de um “golpe” desde que assumiu a prefeitura. Segundo ele, seu vice, Sandro Caprino, seria o articulador desse golpe que tenta derrubá-lo. Também em vídeo, nas redes sociais, Caprino disse que é acusado injustamente pelo grupo que apoia o prefeito e que não é suspeito de nenhum crime.
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