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Os vereadores de Nova Odessa formalizaram, na sessão desta segunda-feira (17), a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar as acusações de homofobia envolvendo o secretário adjunto de Governo do município, Moisés Lima e o diretor geral da Câmara, Lucas Camargo.
O pedido de instauração da CEI foi apresentado, por meio de requerimento, pelos parlamentares André Faganello (Podemos), Elvis Pelé (PL) e Paulo Porto (PSD), com a justificativa que “a conduta do servidor infringe o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais”.
O incidente aconteceu em 17 de janeiro, durante uma reunião no gabinete do prefeito. O secretário adjunto, na época chefe de gabinete, teria feito comentários homofóbicos dirigidos ao diretor geral da Câmara, Lucas Camargo.
“Entendo que é um direito dos vereadores propor a CEI, como diretor da casa, meu papel é apenas acompanhar o processo. Espero que a justiça seja feita e que o caso seja tratado no âmbito criminal, como deve ser”, comentou o diretor .
O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 90 dias, com a possibilidade de prorrogação, caso necessário. “Já temos algumas informações, como boletins de ocorrência e vídeos das pessoas que estiveram presentes na reunião. Elas serão convocadas para depor”, explicou Faganello.
O Prefeito de Nova Odessa, Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD), e o secretário de Governo, Odair Dias, acompanharam a sessão, no entanto, não quiseram se pronunciar sobre o assunto.
OUTRO LADO
Em nota, o secretário adjunto Moisés Lima lamentou a criação da CEI, e classificou a medida como “uma articulação política desonesta.”
Sem comentar o caso, o pastor Moisés Lima, que ocupa cargo público desde 2002, ressaltou a trajetória na cidade, destacando o trabalho que desenvolveu em prol de jovens em situação de vulnerabilidade e famílias em dificuldades.
“Jesus disse em Mateus 7:16: ‘a árvore é conhecida pelos seus frutos’. Analise a minha história”, disse o secretário, por meio de nota.
O Prefeito Leitinho esteve presente na sessão, mas preferiu não comentar sobre o caso. Em entrevista à equipe de reportagem, ele declarou que a responsabilidade de investigar e deliberar sobre a situação é dos vereadores.