quinta-feira, 25 abril 2024

Campinas quer estrutura do hospital de campanha do Pacaembu

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, Campinas corre o risco de ter seus leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) lotados. Por isso, a cidade tenta receber a estrutura do desativado hospital de campanha do Pacaembu para remontá-la e atender pacientes. 

“Quando (a Grande) São Paulo passou pelo apuro Campinas socorreu. Eu recebi muito paciente de Ferraz de Vasconcelos, Franco da Rocha. Agora, o que eu estou pedindo para o Estado? Uma reciprocidade”, afirmou o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), à reportagem. 

“Os meus equipamentos de saúde estão muito sufocados com esse aumento que teve. Estamos no limite”, afirmou. 

Segundo Jonas, o governo João Doria (PSDB) já acenou com a possibilidade de transferência da estrutura do Pacaembu. 

“Eu falei tanto com o vice-governador (Rodrigo Garcia) quanto com o secretário (Marco Vinholi0 sobre isso (receber a estrutura do Pacaembu]0. Aí ele falou que estaria conversando com o secretário de Saúde, para pegar o hospital e trazer para Campinas”, relatou. 

“Falei: olha, o Estado fez uma grande movimentação na Capital e em Campinas até agora nós não tivemos esse mesmo cuidado”, completou. 

O hospital de campanha do Pacaembu custou R$ 23 milhões e foi desativado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) após as internações caírem. 

A reportagem apurou que o tucano ofereceu a estrutura ao governo Doria, que estuda agora como seriam cobertos os custos do hospital – se por uma divisão entre os municípios ou com auxílio da iniciativa privada. 

Leitos de UTI não é uma preocupação apenas da principal cidade da região metropolitana. 

Na quinta, a Prefeitura de Hortolândia informou que estão lotados 88,17% de seus leitos para Covid-9 nas redes pública e particular. 

O SUS (Sistema Único de Saúde) municipal tem 97% de lotação; o SUS estadual, 91%; e a rede particular, 78%. 

No conjunto do DRS Campinas, a taxa de ocupação de UTI para Covid-19 estava em 79,6% na quarta, o que levou o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a fazer um alerta. 

“A região de Campinas já tinha aumento na taxa de ocupação da cidade sede. Agora tem um aumento também nas outras cidades. Os municípios da Região Metropolitana de Campinas devem ter cada vez mais cautela e cuidados nesse momento que nós passamos”, afirmou Vinholi. 

O percentual de 80% é um dos critérios técnicos usados na classificação de fases no Plano São Paulo – em junho, a região permaneceu na fase 2 por não ter atingido esse limiar. 

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