segunda-feira, 25 novembro 2024

Campinas volta a fechar comércio

O comércio de Campinas volta a fechar as portas a partir de segunda-feira (22). A decisão, anunciada em live nesta sexta (19) pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), decorre do aumento preocupante dos casos de Covid-19. 

A doença infectou 5.228 pessoas e matou 203 pessoas na cidade.  O endurecimento das regras, segundo ele, vai durar uma semana, mas pode ser prorrogada. 

Dos 325 leitos de UTI da cidade, 279 estavam ocupados hoje (85,84% da capacidade) – com pressão sobre as unidades da rede municipal de Saúde, que não têm uma vaga sequer. Os leitos que restam estão nas unidades privadas ou mantidas pelo Estado. 

Para Jonas, a situação exige a compreensão das pessoas. O momento exige respeito ao isolamento social. E o que se viu desde o começo do mês, com a reabertura gradativa do comércio em horários especiais, foi um cenário assustador. A massa tomou conta do calçadão da Rua 13 de Maio, onde se concentra o comércio do Centro. Com a decisão de Jonas, os shoppings também fecham. 

JONAS | Situação exige compreensão das pessoas, diz (Foto: Divulgação | Prefeitura)

O governador João Doria (PSDB) anunciou que a região de Campinas vai permanecer na fase laranja, que permite a abertura parcial do comércio, mas que Jonas tem autonomia para tomar a decisão. 

PLANO REGRIDE 

Diante da decisão do prefeito, cai por terra projeto anunciado pelos lojistas da cidade no começo da semana. Reunidos com representantes da administração, eles anunciaram que pretendiam incrementar as vendas, permitindo quer os consumidores pudessem retirar mercadorias em horário ampliado. 

Para isso, teriam autorização para estacionar os carros nas ruas transversais ao calçadão, sem correr o risco de serem multados por agentes de trânsito. 

A própria prefeitura tinha anunciado um plano de ordenar o fluxo de pedestres no calçadão, para evitar aglomeração. Até os lojistas estavam autorizados a pintar o solo público, diante dos estabelecimentos, para ordenar filas e controlar o acesso dos clientes. O plano fica na gaveta, pelo menos por uma semana. 

A própria presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), Adriana Flosi, já demonstrava muita preocupação com o desrespeito de comerciantes e clientes a regras básicas de isolamento social. 

Ao mesmo tempo que falava entusiasmada do plano de incentivo às vendas, ela dizia temer retrocesso se não houvesse colaboração de todos. Foi o que aconteceu. 

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