Já está em uso na Unidade Pediátrica Mário Gatti e no Hospital Ouro Verde o tratamento com cateter de alto fluxo
Refere-se do cateter nasal de alto fluxo, semelhante ao habitual cateter colocado no nariz, mas com uma tecnologia de ponta, que potencializa a entrega do oxigênio nas áreas mais remotas do pulmão, permitindo que, mesmo afetado por uma doença infecciosa, possa manter suas funções, reduzindo assim a chance de intubação nesses pacientes.
Há 15 dias este tratamento iniciou no pronto-socorro infantil da Unidade Pediátrica Mário Gatti e 12 crianças já utilizaram desta nova tecnologia. Já no Hospital Ouro Verde, a instalação do tratamento de alto fluxo foi iniciada esta semana e, até o momento, quatro crianças estão utilizando o equipamento, sendo uma na UTI pediátrica e três no pronto socorro infantil.
A tecnologia está sendo vigente por meio de uma licitação realizada na categoria pregão eletrônico para registro de preços das cânulas de alto fluxo, com fornecimento de equipamentos em comodato.
Conforme a Andrea Tirico, coordenadora do PSI do Mário Gattinho, trabalhos científicos confirmam que o cateter de alto fluxo reduz a necessidade de intubação, que é um procedimento agressivo. O propósito é aumentar o número de equipamentos para que todas as crianças com sintomas respiratórias graves, possam se beneficiar.
O pediatra Caio Rodrigo Massaini, informou que nesse primeiro momento, as crianças com bronquiolite, que retratam cerca de 80% das internações nos prontos-socorros e enfermarias, e são os pacientes escolhidos para essa tratamento. A escolha por essa doença, mais comum nas doenças respiratórias infantis, deve-se ao fato, de não haver um tratamento específico para a bronquiolite.
O amparo pelo cateter nasal de alto fluxo tem uma grande possibilidade de modificar o progresso natural da doença, evitando assim a intubação e consequentemente, o tempo de internação e os riscos característicos a uma internação em UTI, afirmou Caio.
De acordo com a pediatra Roberta Barros Santos, o equipamento abastece uma mistura gasosa umidificada e aquecida, que é mais cômodo para o paciente, e impossibilita malefício como o ressecamento das vias aéreas. Além disso, o procedimento não causa dor, seu uso desobriga sedativos e conforme o quadro de saúde da criança, permite manter a alimentação via oral.