sábado, 20 abril 2024

Vetor de progresso

Há 20 anos, prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes em 78 km, de Campinas a Santa Bárbara d’Oeste, inseria região ainda mais “no mapa” dos investimentos e da logística 

(Foto: Clovis Ferreira/ Digna Imagem)

O prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) de Campinas até Santa Bárbara d’Oeste completou 20 anos na última quinta-feira (3). Uma das maiores obras viárias das últimas décadas, a extensão colocou a região “no mapa” dos investimentos por conta da facilidade logística, e até hoje é considerada um fator decisivo na atração de empresas.

De acordo com informações da concessionária AutoBan, responsável pela gestão do eixo Anhanguera-Bandeirantes, a extensão de Campinas a Santa Bárbara tem 39 quilômetros e levou dois anos para ser implantada (1999 a 2001), com investimento de R$ 1,9 bilhão (em valores de 2020).

A via foi liberada para tráfego em 3 de junho de 2001, aproximando cidades como Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Piracicaba da capital São Paulo.

“Do ponto de vista econômico, de qualidade de vida e da segurança do tráfego, o prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes é, sem dúvida, um dos grandes marcos da engenharia rodoviária nos últimos 20 anos. É um exemplo que mostra que o investimento em infraestrutura, quando bem planejado e alinhado às necessidades regionais, traz benefícios para toda a sociedade”, afirmou o diretor-presidente da CCR AutoBAn, Rogério Bahú.

Prefeito de Sumaré quando a obra foi inaugurada, o hoje deputado estadual Dirceu Dalben (PL), ressaltou que o prolongamento foi histórico e trouxe desenvolvimento para a região.

“A rodovia tornou-se um importante vetor de desenvolvimento para Sumaré e toda a Região Metropolitana de Campinas, favorecendo o trânsito dos moradores e também o transporte e escoamento de cargas”, disse o parlamentar.
Para o prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes (PL), a extensão da Bandeirantes foi que colocou a região toda no mapa dos investimentos.

“É uma saída direta para a capital, que encurta a distância ao Aeroporto Internacional de Viracopos e, sem dúvida, fator importante para colocar a nossa cidade no mapa das cidades mais interessantes para se investir. Hoje, a logística é um dos fatores mais importantes quando uma empresa busca se instalar em determinado local e, nisso, estamos muito bem servidos”, disse.

Zezé destacou que, apesar de ter trazido impactos ambientais, isso foi compensado pela concessionária no passado. “Qualquer grande obra existe um passivo ambiental, e isso foi sentido quando o trecho se encontrava em obras. Parte da região do bairro Taquara Branca foi desapropriada para que a rodovia fosse construída. A CCR AutoBAn tratou com carinho essa questão, e compensações ambientais foram realizadas”, afirmou.

Apesar de reconhecer o desenvolvimento trazido pela rodovia, Zezé não deixou de citar que, em sua análise, faltaram alguns detalhes que têm refletido no tráfego atualmente.

“O ponto negativo foi a falta de construção de alças de acesso à rodovia SP-101, sentido ao Jardim Amanda e à cidade de Monte Mor. A falta desse acesso acarreta em congestionamento no principal trevo de acesso à Hortolândia pela SP-101. Há muitos anos estamos cobrando essa solução”, lembra o prefeito.

O prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, Rafael Piovezan (PV), também destacou a facilidade logística que a Bandeirantes trouxe para o desenvolvimento da cidade.

“Santa Bárbara tem o privilégio de ser cortada pela mais importante rodovia do país, referência em termos de logística e que interliga diferentes pontos de desenvolvimento do estado. Com o prolongamento, nossa cidade foi exposta em um dos melhores corredores econômicos do Brasil e desde então tem atraído novos investimentos que geram emprego e renda”, avaliou.

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