sexta-feira, 7 fevereiro 2025

Candidato a presidente do Ciesp, Cervone diz que negacionismo de Bolsonaro prejudicou vacinação

Em reunião virtual, na manhã desta quarta-feira, 31 de março, com empresários de Americana, Indaiatuba e Santa Bárbara, Rafael Cervone, vice-presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), afirmou que a imunização dos brasileiros é decisiva, tema que havia tratado ontem com diretores da Fiocruz. “Há R 22 bilhões do Governo Federal disponíveis para a compra de vacinas. O problema é que houve erro logístico e de timing no processo de aquisição, devido ao negacionismo inicial do presidente da República”, observou, ponderando: “Também são descabidas disputas políticas em torno dessa questão, pois o poder público precisa concentrar esforços nas soluções, acima de interesses pessoais e partidários”.

Cervone, candidato à presidência do CIESP nas eleições de 5 de julho próximo, reiterou que o princípio de crise política no Governo Federal, com a demissão de ministros, é prejudicial neste momento grave de enfrentamento da pandemia. “Do mesmo modo, são ruins para o País as disputas entre governos, pois as prioridades são o combate à Covid-19, preservar a saúde, propiciar o retorno a uma condição próxima da normalidade e promover a retomada do crescimento”.

Cervone, porém, mostrou-se otimista quanto à possibilidade de que, até o final de maio, toda a população acima de 60 anos, que constitui o grupo de risco, esteja vacinada, o que deverá reduzir muito o número de internações e mortes por Covid-19. “Acredito que no segundo semestre já estejamos voltando a uma situação mais próxima da realidade”, acentuou.

O vice-presidente da FIESP/CIESP também disse esperar a melhoria da política internacional brasileira com a substituição do ministro das Relações Exteriores. “Precisamos reposicionar nossa abordagem quanto à questão ambiental, nas relações com vários países e na recuperação da imagem do Brasil, que sofreu muitos arranhões na gestão do ex-titular da pasta Ernesto Araújo”.

Importância do CIESP

Cervone salientou que a rede do CIESP, com quase oito mil associados, é uma fonte expressiva de sugestões e articulação da indústria para levar aos governos e autoridades proposições para a defesa e fortalecimento do setor. Um exemplo disso refere-se às negociações que vêm sendo mantidas com vários prefeitos do interior paulista, com forte participação das diretorias regionais da entidade, no sentido de demonstrar que a indústria é atividade essencial e, portanto, não pode ficar paralisada nesta fase vermelha de combate à pandemia.

A soma de esforços do CIESP com a FIESP é um fator positivo e necessário para o desenvolvimento da indústria, para que ela tenha peso nas decisões de política públicas e no processo em curso de rápida transformação da economia, do Brasil, do mundo e dos sistemas de produção e de trabalho. “Exemplo disso é o fato de o governo já ter adotado 60 das 189 sugestões de desburocratização encaminhadas pelas entidades representativas de nosso setor”, relatou Cervone, acrescentando: “O trabalho associativo também é fundamental para se evitarem decisões prejudiciais à economia e aos negócios. É o que estamos fazendo exatamente agora no tocante a um item da positiva MP da desburocratização que impede o próprio governo de estabelecer medidas de defesa comercial. Já estamos trabalhando com força para derrubar isso”.

Cervone frisou que todas essas questões demonstram na prática a necessidade de sinergia entre o CIESP e a FIESP. Conscientes disso, mas entendendo que cada entidade deve ter diretoria autônoma, as bases empresariais sugeriram e foram atendidas na formulação das chapas para as eleições de 5 de julho: na Chapa 2 do CIESP, ele é o candidato a presidente e Josué Gomes, primeiro-vice; na chapa única da FIESP, Josué é o presidente e Cervone, primeiro-vice. Está garantida, assim, a união entre as entidades.

Na Chapa 2 do CIESP, além da grande presença de jovens, estão representadas todas as 42 diretorias regionais. Há, ainda, forte participação feminina e de pequenos e médios industriais, bem como índice de renovação de 52%, ou seja, o percentual de membros que não atuam na presente gestão. Além disso, 78% dos integrantes são do interior do Estado.

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