Índice dos reservatórios de água baixa para 27,3%, o pior em cinco anos
Conjunto de reservatórios que abastece a Grande São Paulo e boa parte das cidades da região de Campinas, o Sistema Cantareira chegou nesta sexta-feira (12) ao seu pior índice desde março de 2016, ao registrar nível de 27,3%, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Há quase seis anos, o manancial marcava 26,7%, no dia 4 de março.
O reservatório sofreu uma nova queda nesta última semana, de 1,1 ponto percentual. No dia 5, marcava 28,4%.
Segundo Pedro Luiz Côrtes, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental, do Instituto de Energia e Ambiente, da USP (Universidade de São Paulo), a situação atual é preocupante.
“Mas está de acordo com as previsões climáticas, com o retorno das chuvas no início da primavera. Só que essas chuvas vão diminuindo com a proximidade do verão. Como já temos novamente o La Niña atuando, o total de chuvas no período primavera verão será com um volume abaixo da média climática”, explica.
Os dados apontam que as chuvas ainda não atingiram nem um quarto do esperado para o mês, apesar de estar quase na metade de novembro.
O pior momento da crise hídrica foi no dia 2 de fevereiro de 2015, quando a Sabesp registrou nível em -24,98% no Cantareira. “Na prática, quase 25% abaixo do zero (que é o nível mínimo para captação de água em uma situação normal). Se fosse temperatura, estaríamos nesse dia com 25 abaixo de zero”, diz.