sábado, 19 abril 2025

Casos de Covid-19 em queda na RMC

A RMC (Região Metropolitana de Campinas), que avançou à fase amarela do Plano São Paulo há um mês, apresentou queda de 10,5% nos casos de coronavírus na 36ª Semana Epidemiológica, correspondente ao período de 30 de agosto a 5 de setembro. As informações são de estudo técnico do Observatório PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica) desta terça-feira (8). 

Na 36ª Semana Epidemiológica, Campinas, a maior cidade da RMC, apresentou 8,48% casos a menos em relação ao período anterior. Queda de 6,5% também foi registrada no Departamento Regional de Saúde de Campinas, que integra 42 municípios. Ainda assim, o DRS-Campinas segue na segunda posição do Estado em número de casos e mortes, atrás apenas da Grande São Paulo. 

Até o dia 5 de setembro, o DRS-Campinas apresentava 91,5 mil casos, sendo 67,9 mil na RMC e 28,4 em Campinas, cidade que, embora esteja em queda em número de mortes (-16,67% em relação à semana anterior), tem o segundo pior coeficiente de mortalidade da região a cada 100 mil habitantes. 

Os dados atualizados estão disponíveis no Painel Interativo do Observatório PUC-Campinas. 

Mesmo com quedas consecutivas, o infectologista André Giglio Bueno, considera prematura a possibilidade de retorno às atividades escolares. Em alguns municípios do Estado, as aulas de reforço voltaram. 

Para o professor de Medicina da PUC-Campinas, a impossibilidade de antever o comportamento da doença inviabiliza o retorno seguro das crianças ao ambiente escolar. 

“É necessário encontrar formas seguras para a volta às atividades escolares. Adotar como único critério a criação de uma vacina, que pode demorar e até mesmo não existir, não parece ser razoável. Não é razoável ignorar as orientações estipuladas pela Organização Mundial da Saúde, tal como ocorreu nas flexibilizações de outros setores, motivadas por pressões econômicas e políticas. É importante frisar que estamos diante de uma doença sem vacina e com letalidade considerável”, diz Giglio. 

O médico afirma, ainda, que as decisões em torno da retomada das aulas presenciais envolvem a garantia de três aspectos básicos: controle da epidemia, pautado em vários indicadores, como queda contínua de hospitalização e internação; capacidade de resposta do sistema de saúde a um eventual aumento de casos; e adoção de medidas para quebrar as cadeias de transmissão. 

Na RMC, algumas cidades retornaram as aulas de reforço. Campinas proibiu o retorno das aulas presenciais no mínimo até 15 de setembro. 

Na região, as prefeituras descartaram a volta das aulas presenciais em setembro. O governo do Estado prevê a volta das aulas presencias da rede estadual de ensino a partir de 8 de outubro. 

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