O sarampo já chegou a 13 das 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas), que agora soma 66 vítimas da doença, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Saúde do Estado e pelas prefeituras. Há duas semanas, eram 35 pessoas infectadas na RMC – o que representa um aumento de 88,5% no período.
Entre as cidades da região, Campinas é a que acumula maior número de casos: 27 até ontem, contra 19 há duas semanas, quando a cidade parou de divulgar o total de suspeitas. Dos 27 casos, 14 são em menores de um ano Apenas três são em adultos na faixa etária entre 20 e 49 anos.
A Secretaria de Saúde de Campinas informou que em todos os casos foram adotadas as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, que incluem o afastamento social dos casos suspeitos durante o período de transmissibilidade e a identificação e bloqueio vacinal das pessoas que tiveram contato.
Mais de 100 bloqueios vacinais foram realizados na cidade, com a aplicação de mais de 7,5 mil doses contra o sarampo. Segundo a pasta, as ações visam interromper a cadeia de transmissão, evitando novos casos.
Além de Campinas, Paulínia teve o crescimento mais intenso no número de vítimas nas últimas duas semanas, passando de um para seis resultados positivos.
Ontem a prefeitura confirmou a mais nova vítima, uma mulher de 32 anos, vacinada, residente do bairro João Aranha. Os demais casos são de crianças de dez meses a três anos, moradores dos bairros Flamboyant, Jardim Leonor, Morumbi, Bom Retiro e Jardim América. Segundo a Administração em Paulínia, todos estão bem, em casa, e se recuperam sem complicações.
Americana e Artur Nogueira, com um caso positivo cada, e Jaguariúna, com dois, foram as únicas cidades em que o sarampo não fez novas vítimas nas últimas duas semanas.
Nos outros dez municípios onde há registro da doença na RMC, o total de infectados cresceu.Indaiatuba e Vinhedo, que tinham três casos positivos cada há duas semanas, saltaram para sete e oito confirmações, respectivamente.
A escalada da doença já alcança 2.982 vítimas em todo Estado de São Paulo. Destes, 63% se concentram na Capital, onde há 1.883 casos.
O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual realiza monitoramento contínuo da circulação do vírus e na última semana, foram confirmados três óbitos decorrentes da doença.
Além das três mortes em São Paulo, uma criança do Estado de Pernambuco também foi a óbito em decorrência da doença. A vacina é a única medida eficaz para evitar o sarampo.