A pandemia do novo coronavírus não afugentou os frequentadores dos cemitérios da região. Usando máscaras e higienizando as mãos com álcool em gel, os visitantes lotaram os cemitérios nos últimos quatro dias e não apenas nesta segunda-feira (2), Dia de Finados.
A esperada queda no movimento não ocorreu pelo menos em Americana, que registrou cerca de 40 mil visitantes nos dois cemitérios, segundo estimativas da Prefeitura.
Em Nova Odessa, a estimativa é de que cerca de 25 mil pessoas visitaram as sepulturas nos últimos dias.
A Prefeitura de Americana informou que ainda não tem um balanço oficial, mas a estimativa dos responsáveis pelos dois cemitérios – Saudade e Parque Gramado – é de que houve um aumento do número de visitantes em relação ao ano passado, apesar da pandemia do novo coronavírus.
No ano passado, o Dia de Finados caiu em um sábado, o que restringiu as visitas a três dias. Neste ano, as visitas foram diluídas em quatro dias, de sexta-feira (30) até esta segunda (2).
A estimativa, informou a assessoria de imprensa da Prefeitura, é de que os dois cemitérios tenham recebido 20 mil visitantes cada um nestes quatro dias. O maior movimento foi no Parque Gramado. Segundo a Prefeitura, a expectativa era de redução do público, em razão da pandemia, mas a previsão não se confirmou. Nos anos anteriores, a média era de 10 mil visitantes em cada cemitério.
De acordo com a administração do Cemitério Municipal de Nova Odessa, cerca de 25 mil pessoas passaram pelo local entre domingo e segunda. Nenhuma ocorrência foi registrada.
SUMARÉ
Nem mesmo a pandemia impediu a auxiliar administrativa Priscila Aparecida Nunes Alves de visitar o túmulo do avô, que morreu há dez anos, e do sogro, há 13 anos, no Cemitério da Saudade, em Sumaré. Ela disse que tomou todos os cuidados para evitar o contágio. Estava de máscara e higienizou a mão com álcool na entrada e na saída do cemitério. Ela acredita que o número de visitantes tenha sido menor do que nos anos anteriores, pelo menos na tarde desta segunda.
“É um dia muito especial porque tem que seguir o exemplo todo dia 2 (de novembro) e marcar presença no cemitério para o ente querido que Deus nos levou”, afirmou o encarregado de produção Jonas Rodrigues Sabará. Ele disse que não poderia ir para o Paraná, onde seu pai está enterrado, e nem para São Paulo, onde tem primos sepultados, e, por isso, foi até o Cemitério em Sumaré para orar pelos familiares e por colegas enterrados.
As prefeituras de Sumaré e Santa Bárbara d’Oeste informaram que não divulgariam as estimativas de público nesta segunda.
A reportagem do TODODIA não conseguiu contato com o responsável pelo Cemitério Park de Hortolândia ontem.