sábado, 20 abril 2024

Cidades se mobilizam contra o coronavírus

As cidades da Região se mobilizam contra o coronavírus, diante do alerta nacional e de emergência sanitária internacional. Americana reservou dois leitos de isolamento no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi para atender possíveis doentes. Esses leitos hospitalares ficam próximos da sala de emergência, para evitar deslocamentos de equipamentos. Possíveis casos graves serão encaminhados de imediato para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Possíveis casos moderados serão atendidos na enfermaria e os leves, em casa. Esta será a conduta a ser adotada pela prefeitura, informou a assessoria de imprensa. 

Paulínia já havia montado uma unidade respiratória para pronto-atendimento. Nova Odessa e Hortolândia montaram comitês para monitorar o avanço da doença e Santa Bárbara segue as medidas preventivas e os protocolos do Ministério da Saúde. 

Com um caso suspeito – um menino de três anos que está em isolamento domiciliar e passa bem -, a Prefeitura de Americana informou ontem que reservou dois leitos para isolamento no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. “Além disso, o hospital já providenciou um protocolo de atendimento a possíveis casos que venham surgir”, informou a administração, que ainda não definiu a montagem de um comitê gestor. Além disso, todas as unidades de saúde foram orientadas sobre a doença. 

Paulínia anunciou a montagem de uma unidade respiratória para pronto-atendimento, que passa a funcionar com clínico geral, pediatra e equipe de enfermagem. A montagem foi feita em área do hospital desocupada desde 2016. Paulínia tem dois casos suspeitos – um homem de 45 aos e uma profissional de saúde de 30 anos -, e os exames devem ficar prontos até sexta-feira (7). 

OUTRAS CIDADES 

A Prefeitura de Hortolândia montou um comitê que já fez treinamento dos serviços de saúde de emergência para discutir a possível chegada do vírus à região. Os profissionais dos hospitais das redes municipal e particular, as UPAS (Unidades de Pronto-Atendimento) e o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) de Hortolândia já foram orientados sobre as medidas necessárias em caso de haver suspeitos. 

Nova Odessa também havia anunciado a formação de um comitê estratégico para definir as ações. Caberá aos profissionais planejar as medidas preventivas e preparar as respostas rápidas para eventuais casos. Hoje serão divulgados a composição do grupo e o protocolo de ações. 

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste informou que segue as determinações do Ministério da Saúde e dos serviços regionais de Saúde e aguarda as recomendações destes órgãos sobre eventuais casos suspeitos e orientações à população. 

ESTADO 

Faz três dias que o Estado não registra novos suspeitos. No último boletim epidemiológico das 15h de ontem, o Estado registrava seis casos suspeitos e cinco descartados. No país, há 13 casos suspeitos e 16 descartados. 

REUNIÃO DEFINIRÁ REPATRIAÇÃO  

O Ministério da Saúde informou que ainda não tem confirmação sobre possíveis moradores da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que estejam em Wuhan, o epicentro da doença na China, e que queiram ser repatriados para o Brasil. Além disso, não há confirmação ainda se possíveis suspeitos serão transportados em aviões diferentes daqueles sem sintomas e nem sobre as medidas para evitar a transmissão. 

Nesta quinta-feira (6), o Ministério da Saúde se reunirá com os secretários estaduais de saúde e das capitais dos 27 estados brasileiros, e com representantes de secretários municipais, em Brasília, para discutir os próximos passos. Ainda não há informações se secretários da região vão participar desta reunião de definição das estratégias. 

Ontem, em coletiva de imprensa, em Brasília, o ministério informou que 15 brasileiros já preencheram os questionários e que estariam interessados em voltar ao Brasil. Contudo, o governo brasileiro aguarda aprovação de um projeto de lei enviado ontem ao Congresso Nacional para agilizar a repatriação. 

“Mesmo sem caso confirmado no país, decidimos antecipar o nível de resposta de emergência, seguindo a orientação internacional, para custear as despesas necessárias e agilizar o processo de repatriação desses brasileiros que estão em Wuhan, na China”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. 

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