quarta-feira, 11 dezembro 2024
CENSO 2022

Com 11.138 pessoas, Sumaré é a cidade da região com maior número de favelas ocupando o 164ª no ranking nacional

Dados do Censo 2022 apontam 13 favelas no município sumareense. Hortolândia e Americana são outras cidades que possuem comunidades
Por
Isabela Braz
Foto: Arquivo/TV TODODIA

Sumaré é o município da região com maior número de favelas na região. Com 11.138 pessoas espalhadas em 13 favelas sumareenses, o município alcança o 164ª lugar no ranking nacional de favelas e comunidades urbanas divulgado pelo Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).

De acordo com o órgão, favelas e comunidades Urbanas são territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, necessidades de moradia diante da insuficiência de políticas públicas.

Ao todo, 4.287 domicílios foram identificados nessas comunidades, representando 3,81 % da porcentagem do total de domicílios localizados em favelas de todo o Brasil. Nessas moradias, a cada 100 homens, residem 100 mulheres.

A comunidade do Vila Soma, é atualmente a comunidade que concentra o maior número populacional das favelas de Sumaré. A ocupação iniciada em 2012 com cerca de 300 famílias ocupadas, hoje concentra 5.074 pessoas em 2.096 domicílios. Pretos e pardos representam a maioria, com 74,58% da população.

Além da Vila Soma, o Censo apurou recortes das comunidades Morumbi, Nova Terra, Núcleo Três Pontes, Parque Progresso, Parque das Nações, Vila Vale e os Jardins Calegari, Minessota, Salerno, Santa Clara, Santiago e São Francisco.

Foto: Arquivo/TV TODODIA

Hortolândia apresenta grande concentração

Hortolândia é outro município que aparece em evidência na região, com 4.223 pessoas (1,78%) residindo em sete favelas ou comunidades urbanas. Com esse número, a cidade se encontra em 264º lugar no ranking de comunidades brasileiras.

Em uma análise geral, o município hortolandense, em uma medida que utiliza o critério de idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população, apresenta idade média de 27 anos. A maioria dos moradores é de pretos e pardos com 69,64%, brancos representam 30,07%.

Em 2022, a área da comunidade do bananal foi a com maior número de moradores concentrados. Segundo o Censo, 1.619 pessoas residem nos 571 domicílios dessa favela.

O Censo também apresentou recortes das comunidades Cerâmica Ceregatti, Estrada do Furlan e os Jardins Nova Hortolândia, Santiago, São Jorge, São Sebastião e Adelaide.

Zincão concentra moradores de favela em Americana

Americana possui apenas uma área classificada como favela, entre os 300 bairros do município. A comunidade Zincão, localizada na região do Parque da Liberdade, aparece em 599º lugar no ranking de favelas brasileiras, com 174 domicílios.

O Censo mostra 481 pessoas residentes na comunidade, 0.20% da porcentagem que reside em favelas na população total. A maioria dos moradores de pretos e pardos com 68,95%, brancos representam 30,15%.

Em uma medida que utiliza o critério de idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população, o núcleo de moradores do Zincão apresenta idade média de 23 anos.

O índice de envelhecimento que representa o número de pessoas com 60 anos ou mais de idade em relação a um grupo de 100 pessoas de até 14 anos de idade, é de 14,7%.

Apesar de conter bairros onde residem uma população mais vulnerável, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste são as únicas cidades da região que não apresentaram favelas neste Censo.

Mais de 16 milhões de moradores de comunidades em todo o país

O Censo Demográfico 2022 encontrou 12.348 Favelas e Comunidades Urbanas no Brasil, onde viviam 16.390.815 pessoas, o que equivalia a 8,1% da população do país. Em 2010, foram identificadas 6.329 Favelas e Comunidades Urbanas, onde residiam 11.425.644 pessoas, ou 6,0% da população do país naquele ano.

Segundo o IBGE, esse aumento pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período intercensitário.

A TV TODODIA procurou a prefeitura dos municípios citados e questionou sobre quais ações para reduzir o problema estão em andamento ou previstos, mas ainda não obteve retorno.

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