O mercado imobiliário das cidades da área de cobertura da TV TODODIA registrou um crescimento expressivo, conforme apontado em levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) colhidos no final do primeiro trimestre deste ano. O estudo, que analisou dados de 59 imobiliárias de 15 municípios, revelou aumento de 17,41% nas vendas e de 32,49% nas locações de imóveis residenciais usados em abril quando comparado a março.
A pesquisa abrangeu cidades como Americana, Campinas, Sumaré, Hortolândia, Valinhos e Águas de Lindóia. A análise mostra um cenário aquecido, especialmente no segmento de imóveis de perfil mais popular. A média de valores nas vendas esteve concentrada entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. Já nas locações, a faixa de R$ 1.500 a R$ 2.000 foi a mais demandada.
As casas representaram 43% das vendas e 77% das locações no período. No entanto, no caso das vendas, os apartamentos dominaram com 57%, especialmente unidades de dois dormitórios com até 50 m². Quanto às formas de pagamento, o financiamento pela Caixa Econômica Federal respondeu por 77,3% das transações.
Presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto aponta o programa “Minha Casa, Minha Vida” como principal impulsionador do setor. “As taxas de juros mais baixas praticadas no programa, somadas à atuação mais flexível da Caixa Econômica Federal, têm ampliado o acesso da população ao crédito e viabilizado a compra do primeiro imóvel”, explica.
A corretora Walewska Ruy, que atua em Americana, também identifica essa tendência. Segundo ela, o mercado local tem sido fortemente movimentado pelo programa federal.
“As vendas neste ano estão bem melhores do que no ano passado, especialmente no nicho do Minha Casa Minha Vida. É o que mais sai. A Caixa tem viabilizado a realização do sonho da casa própria para muitas famílias”, afirma.
No setor de locações, ela relata que os imóveis mais acessíveis continuam sendo os mais procurados, sobretudo por jovens e famílias em formação. “A faixa até R$ 2.500 é a que tem mais saída. Publicamos e, em uma semana, o imóvel já está alugado”, afirma.

O levantamento também observou um movimento de troca entre inquilinos: 38,7% se mudaram para imóveis mais caros, enquanto 37,1% buscaram opções mais baratas. Para Viana, esse fluxo é explicado pela dinâmica do mercado. “Quando o contrato vence, o proprietário pode ajustar o valor ao mercado. Muitos inquilinos acabam se mudando para imóveis mais baratos nas periferias, o que pressiona os preços também nessas áreas”, pontua.
Entre os fatores que têm facilitado o acesso ao financiamento, Valesca destaca a flexibilidade da Caixa na análise de crédito e a possibilidade de uso do FGTS. “Hoje, de cada dez imóveis que vendo, nove são financiados pela Caixa. O programa foi ampliado e isso aumentou o público que pode se beneficiar”, relata.
Para o presidente do CreciSP, a perspectiva para os próximos meses segue otimista, especialmente com a inclusão da quarta faixa no Minha Casa Minha Vida, que contempla imóveis de até R$ 500 mil. “O crédito imobiliário é o motor desse setor. Quando há juros baixos e condições favoráveis, o mercado responde com dinamismo”, conclui.