A CPFL Renováveis, concessionária responsável pela PCH (Pequena Central Hidrelétrica) de Americana, retira mecanicamente, em média, 1 hectare de plantas aquáticas por dia da superfície do Represa de Salto Grande, que está tomada pelos aguapés.
O número equivale a 10.000 metros quadrados de plantas. A informação é do secretário de Meio Ambiente, Odair Dias, que acompanhou o trabalho na tarde de ontem e defendeu o vertimento das macrófitas (nome das plantas) pela comporta de superfície do reservatório.
A represa acumula 278 hectares de aguapés e outras plantas aquáticas, que se desenvolvem principalmente em águas paradas e com carga de matéria orgânica.
No segundo semestre de 2018, a empresa solicitou à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) autorização para verter as macrófitas por uma comporta de superfície, mas, até o início de março, a ação seguia em análise no órgão estadual.
O MP (Ministério Público) é contra a medida, diante do risco de disseminação das plantas.
A remoção dos aguapés do reservatório foi retomada em dezembro do ano passado e é executada por meio de um barco-trator, dois caminhões basculantes, dois barcos e uma escavadeira.
Além de aprovar a remoção mecânica, o secretário defendeu o vertimento rio abaixo. “A retirada está sendo efetuada. Precisamos que a Cetesb libere rapidamente, porque já faz mais de 3 meses, o plano emergencial de ações obrigatórias para a CPFL porque, além da retirada mecanizada, que foi retomada e está funcionando, se nós tivermos outras alternativas implementadas paralelamente, o volume de retirada vai ser muito maior”, disse Dias.
O secretário também cobrou um cronograma de ações de roçagem de áreas sob as linhas de alta tensão na cidade. Segundo ele, a empresa vai apresentar o plano por escrito nesta sexta-feira.