quinta-feira, 25 abril 2024

DAE usa raio-x para mapear adutoras

O DAE Americana (Departamento de Água e Esgoto) começou os procedimentos legais para abertura de licitação e aquisição de um equipamento especial de raio-X que vai permitir a “radiografia” detalhada da rede de abastecimento de água.

Depois dos incidentes desagradáveis com a adutora da Campos Salles nas últimas semanas (Veja texto nesta página), o poder público quer descobrir a localização exata, e de que material são feitas as tubulações. Com as informações, será possível agilizar os reparos, sem prejuízos prolongados ao abastecimento.

A informação é do superintendente do DAE, Carlos César Zappia, que recebeu a reportagem do TODODIA e detalhou os planos do departamento para aprimorar a prestação de serviços.
Apesar de utilíssimo, não se trata de um equipamento caro. Ele custa cerca de R$ 230 mil. Custo-benefício compensador, diz o superintendente.

A “radiogradia” detalhada vai ajudar na manutenção, principalmente, das 15 adutoras de porte da cidade (todas com diâmetro de 250 mm.).

Hoje, disse, todos os esforços estão concentrados na instalação de uma nova adutora para o Pós-Anhanguera, que já saiu da ETA, ao lado do cemitério, e vai abastecer os reservatórios que abastecem as regiões do Jardim Brasil e das praias. Depois, há obras previstas para a substituição de diversas subadutoras, como a que liga a Rua Fernando Camargo ao Jardim São Pedro e, de lá, se prolonga até o Parque Novo Mundo.

Apesar dos percalços inesperados com a adutora da Campos Salles e as despesas previstas para a substituição das subadutoras, o DAE mantém o cronograma de entrega de obras essenciais.

As obras dos novos reservatórios do Novo Mundo, São Roque, São Luís Jardim Brasil e Chácaras Letônia seguem de vento em popa, e devem ser entregues até o final do semestre. Mesma previsão para a entrega da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da Balsa e da nova estrutura de captação de água no Rio Piracicaba.

À nova administração, afirma o superintendente Zappia, vai ficar a missão de continuar a troca de tubulações que existem há décadas nos bairros mais antigos.

Rede da Campos Salles terá nova tubulação

A adutora da Avenida Campos Salles anda deixando o pessoal do DAE desapontado. Os vazamentos são frequentes, em um trecho de 400 metros, entre as ruas Florindo Cibin e José de Alencar. Até o prefeito Omar Najar afirmou, em entrevista, que ficou muito chateado de ter de fazer intervenções naquelas instalações depois de ter investido alto no recapeamento completo da avenida.

Para resolver a situação de vez, o DAE vai contratar os serviços de uma empresa especializada no segmento, que vai instalar a nova tubulação no trecho e equipamentos essenciais para a manutenção periódica, como registros, descargas e válvulas. No dia 24, vai acontecer o pregão para definir a vencedora da concorrência, que deve executar todo o trabalho em no máximo 60 dias. Até lá, no entanto, os moradores têm de ter paciência. A adutora tem avarias sérias, e novos vazamentos vão acontecer.

Mas o que mais incomoda o DAE é que a adutora da Campos Salles – que abastecesse bairros como o Girassol, Vila Redher, Vila Rodrigues, Vila Amorim e Ipiranga – foi instalada em 1998 (é relativamente nova), e é feita em polietileno de alta densidade, o PEAD, hoje o que há de mais moderno em matéria-prima para tubulações de abastecimento.

Segundo o superintendente Zappia, o material daquela época ainda não seguia os padrões técnicos da atualidade. E a troca é obrigatória. E vai custar cerca de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos. Do montante, a prefeitura já gastou R$ 1,5 milhão com a compra da nova tubulação. O restante será pago à empresa licitada.

O DAE também estuda intervenções na adutora da Avenida Europa.

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