sexta-feira, 3 maio 2024

Defesa Civil apela pelo fim das queimadas

 Órgão inicia “Operação Estiagem” e tenta conscientizar população a evitar focos de incêndio e ar ainda mais seco

Queimadas | Operação de combate a foco de incêndio em vegetação em Sumaré (Divulgação)

Diante do cenário de chuvas abaixo da média histórica desde o início do ano, a Defesa Civil do Estado de São Paulo deu início nesta terça-feira (1) ao Plano de Contingência para o Período de Estiagem da Região Metropolitana de Campinas, também chamado de “Operação Estiagem”, com objetivo de combater as queimadas e conscientizar a população em relação aos riscos de doenças respiratórias nesse período mais seco.

A norma técnica sobre a operação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (01). O período de vigência será de 1º de junho a 30 de setembro de 2021, podendo ser prorrogado se as condições técnicas apontarem indícios de riscos à comunidade.

Conforme a publicação, a operação tem como base fundamental o acompanhamento do índice de Umidade Relativa do Ar (URA), e segue parâmetros internacionais para o desencadeamento de ações emergenciais para cada nível estabelecidos pela Organização Mundial de Meteorologia, pela Organização Mundial de Saúde e pela Organização Internacional de Proteção Civil.

O plano estabelece quatro níveis de Umidade Relativa do Ar – observação, atenção, alerta e emergência – e, para cada um deles, os procedimentos operacionais que visam ao combate de ocorrências de incêndio em matas e danos à saúde da população.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Americana, João Miletta, é preciso colaboração da população para evitar ocorrências que afetem ainda mais os níveis de Umidade Relativa do Ar, que já estão no nível de “atenção” na cidade nos finais de tarde.

“Estamos vistoriando as áreas de mata e fazendo um apelo para que não façam queimadas, não queimem terreno e lixo. Tem muita gente que mora perto de mata, áreas grandes e às vezes colocam fogo num ‘lixinho caseiro’, e isso alastra, porque começa a ventar e a mata está seca. A própria bituca do cigarro, no mato seco, pode causar um incêndio. O ideal é chamar a prefeitura para tentar o corte do mato. O caminho é prevenir, ter a consciência”, afirmou.

Além da questão dos incêndios, também há orientação para que as pessoas evitem fazer atividades físicas no período da tarde, em que o ar fica mais seco, e que as pessoas que têm problemas respiratórios redobrem a atenção, sobretudo nesse momento de pandemia.

“Quem já tem problema respiratório, esse ar seco complica ainda mais, e pode fazer com que seja necessário procurar os hospitais, o que pode sobrecarregar ainda mais o atendimento que já está sobrecarregado”, disse Miletta.

CHUVAS

Maio chegou ao fim com o acumulado de chuva na região das Bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) novamente abaixo da média climatológica para o mês. Em maio, nos últimos 30 anos, a média é de um acumulado de 57,7 milímetros. Maio de 2021 registrou apenas 33,4 milímetros. Nos meses anteriores, as chuvas também ficaram abaixo do esperado. Em abril, o esperado era 68 milímetros, e o acumulado foi de 3 milímetros.

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