sexta-feira, 19 abril 2024

Desde 2014, Americana registra 154 casos de Aids e 307 contaminados por HIV

De 2014 até novembro desse ano, a cidade de Americana registrou 154 novos casos de pessoas com AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Os dados são do Ambulatório de DST/AIDS do município, referentes ao mesmo período utilizado em boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. O relatório também indica outros 307 casos de HIV positivos diagnosticados no período.

“Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos (contaminados com o vírus) que vivem sem desenvolver a doença. Mas, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas”, explica a coordenadora do Serviço de Assistência Especializada em IST/HIV/AIDS de Americana, Marinilze Giubbina.

Hoje é Dia Mundial de Luta contra a doença. Várias prefeituras da região programaram ações.

Em Americana, o ano de 2014 teve o maior número de casos registrados: 44 pessoas. A menor taxa foi em 2017, com 16 casos. Em 2018 já são 30 ocorrências. No acumulado dos anos, a manifestação da doença é de 119 casos em homens e 35 mulheres.

O documento mostra, ainda, que a incidência dos casos de soropositivos também é maior em adultos jovens do sexo masculino. O número de óbitos é de 59 pessoas. Mas é importante ressaltar que a taxa de letalidade pode apresentar casos notificados antes do período.

De acordo com o médico infectologista da rede municipal de saúde de Americana, Arnaldo Gouveia Junior, é importante destacar que os números repercutem os avanços no combate à AIDS.

“O tratamento é acessível, fácil e gratuito, o que implica uma redução no número de óbitos. A expectativa de vida também aumentou. E o acompanhamento das gestantes no pré-Natal permite que diminua a transmissão da doença para as crianças”, afirma.

Por outro lado, o infectologista vê retrocessos. Para o especialista, faltam políticas públicas e campanhas de conscientização voltadas para grupos específicos. “No Brasil, o número de casos de AIDS triplicou entre gays masculinos de 15 a 19 anos. Esse grupo populacional precisa entender a importância do sexo seguro. Na capital do Estado, São Paulo, um em cada quatro homens que fazem sexo com homem é portador do HIV”, informa.

 
 

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