sexta-feira, 26 abril 2024

Dia de contabilizar os prejuízos depois da tempestade

Dos 20 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas), pelo menos 17 amanheceram ontem em estado de atenção para as chuvas, que castigam as cidades desde a última quinta-feira – segundo o Sistema Integrado de Defesa Civil da região. Em algumas cidades, já choveu nas últimas 72 horas mais do que o esperado para todo o mês de janeiro. Felizmente, não houve registro de vítimas fatais.

“As cidades mais atingidas foram Sumaré, Monte Mor, Vinhedo, Valinhos e Campinas, além de Hortolândia, assim como Paulínia. Desde quinta tínhamos a previsão de alto índice pluviométrico para todo o Estado”, afirmou ontem Sidney Furtado, responsável na região de Campinas pela coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. Em Sumaré, pelo menos 18 famílias estão desabrigadas.

Desde quinta, as cidades da RMC com maior incidência de chuva foram Campinas (241 milímetros), Hortolândia (212,5 mm) e Vinhedo (190 mm). A média histórica de chuvas para todo o mês de janeiro na região de Campinas é de 278,3mm, de acordo com Ana Ávila, do Cepagri Unicamp. A previsão é de mais chuva até amanhã.

 
Em Hortolândia choveu ontem 212,5 mm, quase o esperado para um mês. Foto: Divulgação

 
Moradores e Defesa Civil tiram móveis e objetos de casas alagadas. Foto: Divulgação

 
AMERICANA
Americana também amanheceu em estado de atenção, com equipes atendendo ocorrências desde a noite de sexta. Choveu 90mm na cidade até ontem de manhã.

Foram registrados diversos pontos de alagamento, principalmente na sexta à noite – como na Rua São Bento, no bairro São Manoel, onde a água invadiu residências.

No bairro Antônio Zanaga, pelo menos 20 metros do muro da Escola Estadual Clarice Costa Conti vieram abaixo.

Também a Rua Carioba, perto do Ribeirão Quilombo, ficou complemente alagada.

Donos e funcionários de comércios e empresas da rua amanheceram ontem limpando os imóveis e jogando fora o que foi estragado. Muitos prejuízos e reclamações nas imediações.

Avenida Nicolau João Abdala, no cruzamento com a Rua Atilio Dextro, houve desmoronamento do muro do condomínio, e várias colunas de concretos foram arrastadas pela a rua.

Em Santa Bárbara d Oeste, onde choveu 60mm e a preocupação foi adotado em virtude de outros índices apurados. “Em três dias já foram 107,8mm de chuva, ultrapassando a média para o mês de janeiro, que era de 80mm”, afirmou a prefeitura.

NÍVEL DO QUILOMBO ESTÁ TRÊS METROS ACIMA
A Defesa Civil de Nova Odessa está em estado de alerta total e durante a madrugada, equipes percorreram os bairros às margens do Ribeirão Quilombo – cujo nível está quase 3 metros acima do normal.

O trabalho seguiu ao longo do sábado (5), já que a previsão é de mais chuvas. Entre o fim da tarde de sexta-feira (4) e às 7h de hoje, choveu 86,8 milímetros em Nova Odessa.

Foram registrados alguns pontos de alagamento nos bairros Vila Azenha, Flórida, Jardim Fadel, Nossa Senhora de Fátima, Jardim São Jorge e Conceição.

“Atuamos ao longo de toda a noite e madrugada monitorando a situação e, felizmente, por enquanto, nenhuma casa foi invadida pela água”, comentou ontem o coordenador da Defesa Civil, Paulo Bichof. Não foram registrados maiores danos, nem vítimas feridas na cidade.

 
 
Nova Odessa. Foto: Divulgação

 
Nova Odessa. Foto: Divulgação

 
Nova Odessa. Foto: Divulgação

 
Rio Capivari transbordou e alagou o Jardim Progresso. Foto: Denny Césare | Código 19

 

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