Dos 20 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas), pelo menos 17 amanheceram ontem em estado de atenção para as chuvas, que castigam as cidades desde a última quinta-feira – segundo o Sistema Integrado de Defesa Civil da região. Em algumas cidades, já choveu nas últimas 72 horas mais do que o esperado para todo o mês de janeiro. Felizmente, não houve registro de vítimas fatais.
“As cidades mais atingidas foram Sumaré, Monte Mor, Vinhedo, Valinhos e Campinas, além de Hortolândia, assim como Paulínia. Desde quinta tínhamos a previsão de alto índice pluviométrico para todo o Estado”, afirmou ontem Sidney Furtado, responsável na região de Campinas pela coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. Em Sumaré, pelo menos 18 famílias estão desabrigadas.
Desde quinta, as cidades da RMC com maior incidência de chuva foram Campinas (241 milímetros), Hortolândia (212,5 mm) e Vinhedo (190 mm). A média histórica de chuvas para todo o mês de janeiro na região de Campinas é de 278,3mm, de acordo com Ana Ávila, do Cepagri Unicamp. A previsão é de mais chuva até amanhã.
Em Hortolândia choveu ontem 212,5 mm, quase o esperado para um mês. Foto: Divulgação
Moradores e Defesa Civil tiram móveis e objetos de casas alagadas. Foto: Divulgação
AMERICANA
Americana também amanheceu em estado de atenção, com equipes atendendo ocorrências desde a noite de sexta. Choveu 90mm na cidade até ontem de manhã.
Foram registrados diversos pontos de alagamento, principalmente na sexta à noite – como na Rua São Bento, no bairro São Manoel, onde a água invadiu residências.
No bairro Antônio Zanaga, pelo menos 20 metros do muro da Escola Estadual Clarice Costa Conti vieram abaixo.
Também a Rua Carioba, perto do Ribeirão Quilombo, ficou complemente alagada.
Donos e funcionários de comércios e empresas da rua amanheceram ontem limpando os imóveis e jogando fora o que foi estragado. Muitos prejuízos e reclamações nas imediações.
Avenida Nicolau João Abdala, no cruzamento com a Rua Atilio Dextro, houve desmoronamento do muro do condomínio, e várias colunas de concretos foram arrastadas pela a rua.
Em Santa Bárbara d Oeste, onde choveu 60mm e a preocupação foi adotado em virtude de outros índices apurados. “Em três dias já foram 107,8mm de chuva, ultrapassando a média para o mês de janeiro, que era de 80mm”, afirmou a prefeitura.
NÍVEL DO QUILOMBO ESTÁ TRÊS METROS ACIMA
A Defesa Civil de Nova Odessa está em estado de alerta total e durante a madrugada, equipes percorreram os bairros às margens do Ribeirão Quilombo – cujo nível está quase 3 metros acima do normal.
O trabalho seguiu ao longo do sábado (5), já que a previsão é de mais chuvas. Entre o fim da tarde de sexta-feira (4) e às 7h de hoje, choveu 86,8 milímetros em Nova Odessa.
Foram registrados alguns pontos de alagamento nos bairros Vila Azenha, Flórida, Jardim Fadel, Nossa Senhora de Fátima, Jardim São Jorge e Conceição.
“Atuamos ao longo de toda a noite e madrugada monitorando a situação e, felizmente, por enquanto, nenhuma casa foi invadida pela água”, comentou ontem o coordenador da Defesa Civil, Paulo Bichof. Não foram registrados maiores danos, nem vítimas feridas na cidade.
Nova Odessa. Foto: Divulgação
Nova Odessa. Foto: Divulgação
Nova Odessa. Foto: Divulgação
Rio Capivari transbordou e alagou o Jardim Progresso. Foto: Denny Césare | Código 19