quarta-feira, 24 abril 2024

DIG evita golpe aplicado com fotos de veículos furtados divulgados nas redes sociais

Policiais civis da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana evitaram que um motorista caísse em uma nova modalidade de golpe aplicada na praça de pagamento de resgate para devolução de veículos furtados ou roubados.
Este golpe foi aplicado na Avenida Duque de Caxias, no Jardim João Paulo II, em Sumaré, no último dia 11 de janeiro deste ano. A vítima entrou em contato com a polícia, o que evitou que tivesse prejuízo.

Durante a investigação de um desses casos, uma particularidade nas fotografias enviadas pelos golpistas chamou a atenção dos investigadores: as fotos sempre estavam “cortadas” exibindo apenas pequenas partes do carro, incluindo as placas, para tentar demonstrar que se trata do veículo furtado”, informou a delegacia especializada na nota.

Em combinação com esta vítima, os policiais da DIG orientaram a solicitar mais fotos do veículo para então transferir o dinheiro e, em uma dessas fotos, parte do golpe foi descoberto. Na foto enviada pelo golpista aparece o pátio de uma vistoriadora credenciada, inclusive com a vítima sentada ao lado do carro, aguardando a vistoria.

“Aprofundamos as investigações e acabamos descobrindo que, no aplicativo para celulares “DetranSP”, ao se inserir as placas e o Renavam de qualquer veículo que tenha passado por vistoria veicular, é possível acessar as fotografias do laudo de vistoria. E são exatamente essas imagens que estão sendo utilizadas para dar o golpe”, informou a delegacia.
A DIG já entrou em contato com o Detran para bloquear o acesso dessas imagens, que estão sendo usadas para aplicar golpes.

Este foi apenas um dos exemplos. As equipes de investigação estão atendendo ocorrências de vítimas de furto de veículo que recebem ligações solicitando resgate em dinheiro para devolução do bem subtraído.
Essa solicitação de resgate para devolução trata-se de estelionato, explicou a delegacia.

O golpe funciona assim: As pessoas anunciam o furto ou roubo de veículos nas redes sociais, como Facebook e Instagram para tentar reaver o veículo. As quadrilhas aproveitam-se da fragilidade das vítimas, que ficam desesperadas, porque, muitas vezes, os veículos são financiados e não são segurados, para aplicar os golpes.

“Ao receberem a ligação pedindo o resgate do carro, acabam acreditando na promessa de devolução. O golpista envia uma ou mais fotos do veículo, que não são as mesmas da divulgação nas redes sociais, levando as vítimas a acreditarem que realmente os golpistas estão com o veículo”, explicou a delegacia.

Então, os estelionatários informam uma conta bancária para depósito do resgate do carro. Para dar impressão de lisura, os golpistas marcam um local para devolver o carro levado. Depois da transferência, o golpista desaparece, o carro não é devolvido e a vítima fica com o prejuízo. O porta-voz da DIG, Emerson Siqueira, orientou a população a não divulgar furtos e roubos de veículos na internet para evitar caírem no golpe. Mesmo porque, informou Emerson, é muito difícil recuperar os veículos.

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