Formado no Kartódromo San Marino, em Paulínia, Rodrigo Pacetta construiu uma carreira de vitórias nas pistas. Hoje, transformou a paixão em missão: dar aulas de kart para pessoas de todas as idades, em um trabalho que une esporte, educação e até benefícios terapêuticos.
“Eu comecei a perceber que o kart também tem uma força muito grande, uma função terapêutica. Trabalha a parte física, mental, coordenação e foco”, explica.
O kart que cura
Histórias de superação se multiplicam nas turmas de Pacetta. Crianças com autismo, jovens com TDAH, idosos em depressão e pessoas obesas já encontraram no esporte um meio de ganhar saúde, autoestima e confiança.
“O kart destrava muitas pessoas. É de fato uma terapia”, destaca o professor.

Novos talentos na pista
Aos 13 anos, a estudante Ana Barbosa já soma um ano de treinos e competições. Para ela, as aulas mudaram tudo em sua vida. “O Rodrigo é um treinador incrível, não sei o que eu seria sem ele”, diz.
Ana também destaca o desafio das mulheres no esporte. “É um meio predominantemente masculino, mas precisamos ocupar esse espaço”, aponta.
Do medo à coragem
Outro exemplo é Benício Moraes, de apenas seis anos, que enfrentou um episódio difícil nas pistas. O garoto chegou a ter medo de pilotar, mas aos poucos está voltando com confiança. “Agora estou mais seguro”, conta.
Mais que pilotos, cidadãos
Com cerca de 230 alunos por mês, Rodrigo já iniciou 1.500 pessoas no kartismo. Mais do que ensinar a correr, ele busca formar cidadãos. “Acelerando na pista, você desacelera o cérebro. É o momento de esquecer os problemas e focar só naquilo. É transformador”, resume.