sexta-feira, 19 abril 2024

Em meio à greve, estudantes enfrentam dificuldades

Enquanto os professores da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba)  fazem greve por conta do atraso no pagamento e o IEP (Instituto Educacional Piracicabano) –  mantenedor da universidade – sugere o corte de 120 professores para pagar os docentes, estudantes dos campi Taquaral (Piracicaba) e Santa Bárbara d’Oeste ainda enfrentam dificuldades do ponto de vista administrativo. Desde o ano passado ocorre uma migração do sistema interno da Unimep, o que provocou uma série de problemas que ainda foram resolvidos, segundo os alunos.

A reportagem do TODODIA apurou que diversos estudantes não conseguem acessar o boleto bancário para pagar a mensalidade ou consultar seu histórico escolar oficial pela internet. O atendimento na secretaria também teria dificuldade para conseguir resolver esse tipo de problema.

Segundo o presidente da Adunimep (Associação de Docentes da Unimep), Milton Souto, a precariedade vista durante a greve do ano passado ainda é uma realidade.

“O que precisa ficar muito claro é que, se fosse depender de condições ideais, a Unimep estaria parada. Só não para pela boa vontade dos professores e alunos. Está tudo precarizado. Esse papo de que (greve) prejudica os alunos é complicado, porque eles já estão sendo prejudicados por não terem histórico, por não saberem se estão matriculados em determinada disciplina. Nossa luta, inclusive, envolve a normalização, por isso que a Adunimep está sempre disposta a conversar”, afirmou Souto.

A reportagem do TODODIA tenta contato com a Unimep desde o dia 8 de junho, questionando sobre a greve dos professores e sobre as dificuldades dos alunos em relação ao sistema. Apesar da assessoria de imprensa ter confirmado o recebimento das demandas, não foi encaminhada nenhuma resposta até o fechamento desta edição.

 
ENTENDA O CASO
Esse é o segundo mês seguido que os salários dos docentes atrasa. A situação desrespeita um dos tópicos do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pela Unimep com o MPT (Ministério Público do Trabalho), que previa o pagamento integral dos salários no 5º dia útil de cada mês sob pena de pagamento de multa.

Anteontem, o IEP  propôs a demissão de 120 professores como forma de equilibrar as contas e manter o pagamento dos salários dos docentes da universidade em dia. Segundo o Sinpro (Sindicato dos Professores), “não há possibilidade de negociação sobre demissões”. O MPT (Ministério Público do Trabalho) marcou uma audiência sobre o caso para terça-feira.

No ano passado, os professores realizaram greve de 8 a 21 de agosto Os professores e os funcionários protestavam contra falta de autonomia universitária e atrasos em pagamento de salário, entre outros pontos.

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