
Nos últimos cinco anos, a Prefeitura de Campinas, por meio da Emdec, aplicou R$ 29,7 milhões em penalidades financeiras às empresas que operam o transporte coletivo convencional da cidade. Os valores foram descontados do subsídio municipal devido a falhas como atrasos, interrupções de serviço e desvios de rota.
Infrações recorrentes e valores do primeiro semestre
No total, 96.745 autuações foram registradas desde 2021, sendo a maioria relacionada a viagens não realizadas e atrasos. Entre janeiro e junho de 2025, R$ 8,4 milhões foram descontados de operadores do sistema convencional e R$ 764,7 mil dos permissionários do sistema alternativo. No período foram 22,2 mil autuações, 83% delas por falta de cumprimento de viagens. Também foram emitidas 45 autuações ligadas ao descumprimento das exigências contratuais, como idade da frota. Essas sanções ainda tramitam na esfera judicial.
Descontos e empresas envolvidas
As operadoras VB Transportes, Concicamp, Urbcamp e Onicamp foram afetadas pelos descontos. Entre os permissionários do sistema alternativo, cooperativas como Altercamp, Cooperatas, Cotalcamp e Coopcamp tiveram abatimentos de até 5% da remuneração líquida diária.
Renovação de frota e subsídio previsto
Visando a modernização da frota, a empresa Campibus, integrante da Concicamp, adquiriu 60 novos ônibus. Do total de 50 veículos anunciados anteriormente, 30 já estão em operação, com mais 20 aguardados.
Subsídio
Para 2025, a previsão orçamentária da Prefeitura destinou R$ 154,5 milhões ao sistema de transporte, sendo R$ 139,5 milhões ao transporte coletivo e R$ 15 milhões ao PAI-Serviço. O valor pode ser complementado ao longo do ano para garantir o equilíbrio do sistema.