sábado, 20 abril 2024

Escolas de Americana e SBO suspendem aulas por surtos de Covid-19

As aulas da Escola Estadual Luzia Baruque, em Santa Bárbara d’Oeste, e da Etec (Escola Técnica Estadual) Polivalente, em Americana, foram suspensas nesta terça-feira (2), por surto de coronavírus. São as duas primeiras escolas da região a tomarem as medidas. Na segunda-feira (1º), o Sindicato dos Professores denunciou um surto na Escola Estadual Silvânia Aparecida, em Nova Odessa. Prefeitura e Estado negam e a escola segue aberta.

A escola Luiza Baruque teve as aulas presenciais suspensas por 14 dias pela Vigilância Epidemiológica, “para proteção dos professores, estudantes e demais pessoas que frequentam o ambiente escolar”, aponta a Prefeitura. A escola fica no Conjunto Habitacional Roberto Romano.

A Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) da região de Americana denunciou três casos na escola, de professores, no balanço desta terça (2). Semana passada, a categoria já havia denunciado que alunos estavam com coriza e que dois professores já haviam sido afastados.

Um professor da escola falou ao TODODIA na época e relatou que se não fossem tomadas medidas a situação ia virar “uma bola de neve”. O Estado já havia confirmado um caso na escola. A Prefeitura de Santa Bárbara informou que outra escola é monitorada por conta da pandemia.

ETEC

A Etec Polivalente, em Americana, também teve casos de coronavírus e suspendeu as aulas presenciais nesta terça-feira (2). Dois professores testaram positivo para a doença. Em comunicado nas redes sociais, a instituição de ensino informou que terá apenas aulas do ensino remoto por 15 dias a partir de quarta-feira (3). “Alertamos a todos que, se tiverem sintomas da doença, informem a coordenação pedagógica.”

A secretaria afirmou em nota também que é responsabilidade das Vigilâncias municipais suspender aulas por conta de surtos de coronavírus. A Prefeitura de Americana nega surtos nas escolas da cidade, informando que há apenas casos isolados, com menos de dois casos positivos.

Nas contas do sindicato, já são 20 escolas. O Estado confirma 16. Duas escolas já têm casos confirmados de alunas: na João Solidário Pedroso, em Americana, na Sônia Bataglia, em Santa Bárbara. Ambas também confirmadas pela Secretaria Estadual de Educação.

NEGACIONISMO

“Eu acho que infelizmente vai ter que acontecer uma grande tragédia para entenderem que tem que suspender as aulas do Silvânia, só pode né?”, desabafou Zenaide Honório, diretora da Apeosp na região. No balanço do sindicato, são nove professores afastados: oito aguardando resultado de exame, sob suspeita, e um caso positivo (este foi confirmado pelo Estado). Zenaide afirmou segunda que já configura surto e cobrou providências.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Nova Odessa, Paula Mestriner, negou o surto. “Fomos informados apenas de duas crianças suspeitas, que são irmãos, e que estavam fazendo aulas remotas. Não fomos informados sobre os nove professores e não há motivo para suspensão das aulas”, disse. A Vigilância Epidemiológica monitora os casos suspeitos de todas as escolas da cidade, informa a coordenadora.

“Verificamos os protocolos e não podemos associar a suspeita com um surto. Sobre a suspensão das aulas, precisamos ter cautela. Não podemos associar a suspeita como culpa da escola. Temos que levar em consideração os protocolos, mas também o comportamento social das pessoas que frequentam a unidade escolar”, disse a coordenadora da Vigilância Sanitária de Nova Odessa, Méria Brito.

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