quinta-feira, 18 abril 2024

Escorpiões: perigo que vem do esgoto

A Prefeitura de Hortolândia alerta que os escorpiões estão se espalhando pelas galerias subterrâneas de águas pluviais, confirmando uma suspeita da equipe da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde. 

A unidade de Zoonoses inspeciona galerias de água e esgoto desde novembro, com a instalação de armadilhas para tentar identificar a presença de animais desta espécie. 

Na última semana, veterinários retornaram aos locais e encontraram escorpiões. Com a constatação, as orientações dadas à população serão reforçadas com indicações de medidas como colocação de telas em ralos, criando uma barreira que impeça os escorpiões de se aproximar das casas. 

A localização de escorpiões nas galerias de águas pluviais indica que estes animais mudaram de hábitos na área urbana. 

De acordo com a veterinária da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), Tosca de Lucca Benini Tomass, o escorpião amarelo tem hábitos noturnos com típica movimentação nas áreas acima do solo. 

No entanto, aumentaram as notificações de destes animais em residências, o que trouxe a suspeita de que eles estavam nas galerias subterrâneas. 

As armadilhas instaladas pela UVZ consistem em placas de espuma ondulada, presas próximas do acesso às galerias, locais onde os escorpiões se escondem durante o dia. Conforme explica a veterinárias, estes são ambientes que, até então, não eram habituais para os animais desta espécie. 

No entanto, Tosca justifica que nas redes subterrâneas os escorpiões encontram ambiente propício para a adaptação. “São ambientes escuros, úmidos e com vasta oferta de baratas, que são o principal alimento dos escorpiões. Além disso, nas galerias eles estão protegidos dos predadores naturais, que são gambás, sapos e quatis”, completa. 

Com a confirmação da presença dos escorpiões, Tosca afirma que as ações de orientação serão reforçadas, principalmente nos locais onde já há notificações do aparecimento destes animais. 

A principal medida é a instalação de tela nos ralos. “Esta orientação é válida para todos os locais, uma vez que os escorpiões se reproduzem sozinhos, sem necessidade de um macho e uma fêmea. No entanto, nos pontos monitorados, após a notificação do aparecimento do animal, a atenção deve ser redobrada”, enfatizou. 

Dados da Vigilância Epidemiológica apontam que, em 2019, foram notificados 190 casos de aparecimento de escorpião na cidade, com o registro de 96 acidentes com picadas. Em 2018, foram 210 aparecimentos em todo ano, e 129 acidentes com picadas. 

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