A Secretaria estadual de Saúde descartou a possibilidade de instalação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal em Santa Bárbara d’Oeste. Em ofício encaminhado à Câmara, a pasta reconhece um déficit no serviço, mas condiciona a ampliação a um repasse do Ministério da Saúde – ainda sem previsão.
Único hospital da cidade que atende pacientes do SUS (Sistema único de Saúde), a Santa Casa de Santa Bárbara não dispõe de UTI Neonatal, usada principalmente para atender bebês nascidos de forma prematura.
Sempre que um recém-nascido da cidade precisa de atendimento, é preciso solicitar uma vaga pela Cross (Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde) – sistema que faz o monitoramento de leitos em diversas cidades da região, indicando a remoção dos pacientes para onde há espaço.
O ofício enviado pela Secretaria de Estado da Saúde é uma resposta da pasta a uma moção, do vereador Paulo Monaro (Solidariedade), aprovada pelo Legislativo em abril deste ano.
O documento cita uma portaria de 2012, do Ministério da Saúde, que define um número mínimo de dois leitos intensivos e três de cuidado intermediário para cada grupo de mil bebês nascidos vivos.
Aos vereadores, o chefe de Gabinete da Secretaria, Eduardo Barbin, afirmou que o Hospital Estadual de Sumaré, que conta com 12 leitos, é a unidade de referência da região para esses serviços, que também são oferecidos no hospital da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com mais 30 leitos.
“Há um déficit de leitos neonatais, principalmente de cuidados intermediários, impactando na média de permanência dos recém-nascidos nos leitos de UTI”, diz um trecho do ofício.
Em outra parte do documento, a Secretaria afirma que “aguarda a efetivação do plano da Rede Cegonha (programa federal de atendimento em maternidade), já aprovado), para que ocorra a liberação de recursos financeiros pelo Ministério da Saúde para a ampliação de 30 leitos no Hospital de Sumaré”.
Por Walter Duarte
